Emir Sader: "No restabelecimento da democracia não se mexeu nas estruturas fundamentais, do poder da terra, do poder da mídia, do capital financeiro"
AGÊNCIA FUTURA PRESS
14/3/2010
Emir Sader lança na Bienal do Livro "Brasil: entre o passado e o futuro", organizado com Marco Aurélio Garcia. O cientista político participa de seminário sobre Cultura e Democracia
No início do ano, circulou a notícia de que o tema da 9ª Bienal Internacional do Livro do Ceará giraria em torno dos processos de independência dos países das Américas. Este mês, quando enfim os detalhes do evento foram divulgados, o tema havia se fixado em "O Livro e a leitura dos Sentimentos do Mundo" - tema curinga que abriga possibilidades diversas, conforme a lista de convidados confirmada.
A mudança parece ser acertada, já que se evita que a Bienal deste ano assuma um perfil "cabeça", como a da edição do evento em 2008. A ideia de discutir questões ligadas à política nos países vizinhos (bem ao gosto do secretário Auto Filho), no entanto, não foi descarta. Antes, foi reconfigurada e assumiu um formato mais apropriado ao tema: o de seminário.
O Seminário Cultura, Democracia e Socialismo na América Latina e Caribe acontece, dentro da Bienal, entre os dias 10 e 13 de abril. Destaque do seminário, é o filósofo e cientista político Emir Sader, um dos principais intelectuais da esquerda brasileira. Em Fortaleza, ele lança o livro "Brasil: entre o passado e o futuro", coletânea de ensaios, organizada ao lado do historiador Marco Aurélio Garcia.
Fragilidade
A trajetória de Emir Sader coincide com a recente história política da América Latina. Filósofo por formação, cientista político por construção de uma obra que se valia da tradição marxista para compreender os problemas sócio-políticos do tempo presente, Sader é um observador constante da atuação das esquerdas no mundo.
É exatamente esta tendência o tema de "Brasil: entre o passado e o futuro", reunião de ensaios que faz um balanço do Brasil à época do Governo Lula e tenta esboçar um cenário para depois do pleito de 2010. Além de colaborar para a organização do volume, Emir Sader participa do livro com o texto Brasil, de Getúlio a Lula. "Traço uma linha deste campo popular (na política), que vem de Getúlio e desemboca no Lula. Após a ditadura, se estabeleceu um sistema democrático muito frágil, pois no restabelecimento da democracia não se mexeu nas estruturas fundamentais, do poder da terra, do poder da mídia, do capital financeiro - ainda que se tenha feito as mudanças básicas, como a separação dos poderes. Mas sem mexer naquelas estruturas, a democracia foi uma vítima frágil do modelo neoliberal, que corroeu suas bases. E ela ainda aguentou isso. O que temos é uma democracia não consolidada. Aliás, hoje, o Brasil vive um paradoxo, em que se vê transformações profundas em diversas áreas, mas um sistema político que não está preparado para elas, nem as acompanha", detalha o autor.
Cultura
Sader é um crítico da pouca atenção dada pela esquerda à cultura. Um corrente expressiva dos pensadores de esquerda via as produções culturais como instrumentos que deveria estar a serviço de ideais políticos revolucionários. O extremo desta visão foi a perseguição, durante o regime stalinista soviético, de artistas e escritores russos. Há, no entanto, um movimento que aponta para uma compreensão na utilitária da cultura, que não a coloca em segundo plano em relação às esferas econômica e política. "Hoje esta visão ainda não é dominante. A batalha para aumentar os recursos para a área ainda não tem eco. Prevalece um visão economicista. Que não é a visão da (pré-candidata à presidência da república) Dilma Rousseff. Na entrevista dela que consta no livro, percebemos que ela tem uma ideia bem clara da importância da criatividade", conta Emir Sader.
O intelectual avalia que, nos últimos anos, houve avanços a se considerar. "No governo Lula, se fomentou a diversidade cultural, com a proposta de mostrar todos os brasis que existem. Não compreende a cultura como consumo, caso de políticas como a dos Pontos de Cultura", detalha Sader.
Programação
10 de abril | Sábado
Sala Caminho de Pedras (Auditório B2) | 14h - Abertura - Convidados: Auto Filho (Brasil/CE) / Coordenação: Beatriz Furtado (Brasil/CE)
15h30min às 17h30min - Debate : "Integração Regional". Mesa: Giuseppe Cocco (Brasil/RJ), Pierre Boudet (Canadá) e Justo Pereda Rodríguez (Cuba)
11 de abril | Domingo
10h - Debate: "Integração Cultural". Mesa: Peter Pal Pelbart (Brasil/SP), Eduardo Viveiros de Castro (Brasil/RJ) e Carlos Heitor Cony (Brasil)
12 de abril | Segunda-Feira
10h - Debate: "Comunicação". Mesa: Beto Almeida (Brasil), Daniel Mato (Venezuela) e Aimée Veja Montiel (México)
13 de abril | Terça-Feira
10h - Debate: "O Futuro do Socialismo na América Latina e Caribe".Mesa: Emir Sader (Brasil) e Cláudio Katz (Argentina)
ENSAIOS
Brasil: entre o passado e o futuro Emir Sader e Marco Aurélio Garcia (orgs.)
BOITEMPO EDITORIAL
2010
200 PÁGINAS
Ensaios de: Nelson Barbosa e José Antonio Pereira de Souza, Guilherme Dias e Marcio Pochmann, Luiz Soares Dulci, Marco Aurélio Garcia e entrevista com Dilma Rousseff
(Fonte : Diário do Nordeste)
18/03/2010 - Convite para homenagem ao ministro Luiz Dulci
A Universidade Federal de Viçosa vai homenagear o ministro Luiz Dulci, chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, nesta sexta-feira, às 17 horas, em cerimônia a ser realizada na Casa Arthur Bernardes, no centro da cidade.
O ministro é esperado em Viçosa para proferir conferência, na UFV, enfocando “A Universidade e o Desenvolvimento”, às 14 horas, no auditório do Departamento de Engenharia Florestal.
Veja, abaixo, o convite da Reitoria.
C O N V I T E
O Reitor da Universidade Federal de Viçosa, Professor Luiz Cláudio Costa, tem a honra de convidar Vossa Senhoria para a Cerimônia de Homenagem ao Exmo. Sr. Ministro – Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci.Data – 19 de março de 2010
Hora - 17 horas
Local – Casa Arthur Bernardes - Praça Silviano Brandão – Centro - Viçosa - MG
O ministro Luiz Dulci, chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, esteve em Viçosa, onde irá proferiu, às 14 horas, no auditório do Departamento de Engenharia Florestal, a conferência “A Universidade e o Desenvolvimento”. À tarde, será homenageado pela UFV, em cerimônia a ser realizada às 17 horas, na Casa Arthur Bernardes.
Na avaliação do reitor Luiz Cláudio Costa, a presença do ministro na Universidade se reveste de especial importância não apenas para a comunidade universitária como também para toda a região. Luiz Dulci é um dos seis integrantes da coordenação do governo Lula e, para o reitor, “sua visita e o envolvimento nas questões vinculadas à UFV e à região demonstram uma preocupação com o desenvolvimento institucional e regional sinalizando perspectivas positivas para a sociedade”.
Sobre o ministro
O ministro Luiz Dulci é o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil. Dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores desde sua fundação, em 1980, foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. É um dos seis integrantes da coordenação do governo Lula, sendo responsável pela interlocução política do governo com as organizações e movimentos da sociedade civil brasileira e internacional.
Luiz Dulci nasceu em Santos Dumont, Estado de Minas Gerais, em 7 de janeiro de 1956. Formado em Letras Clássicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é professor de Língua e Literatura Portuguesa desde 1974, especializado em educação de adultos.
(JPM – Fonte: Giovanni Scarascia - Foto: Agência Brasil)
Com presença de ministro, reitor inaugura sede do Centro de Pesquisa Social nesta sexta
Publicado em: 19 de março de 2010
Nova sede traz institucionalização definitiva do CPS, afirma diretor Carlos Botti. (foto: fev/2010)
No ano em que comemora 25 anos de sua institucionalização, o Centro de Pesquisas Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora (CPS/UFJF), ganha uma nova sede nesta sexta-feira. O reitor Henrique Duque e o ministro Luiz Dulci, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, inaugurarão o prédio de dois andares às 20h30.
Localizado próximo ao pórtico do Bairro São Pedro, a nova estrutura de 322 m², terá três salas para execução de projetos, uma para trabalhos com grupos de foco; outra para videoconferência; além de sala para treinamento e retransmissões de vídeo com capacidade para 50 lugares; novos espaços para direção e secretaria, banheiro para portador de necessidades especiais e acabamento paisagístico.
De acordo com o diretor do CPS, professor Carlos Alberto Botti, apesar de existir desde a fundação da UFJF, o Centro foi oficializado, em 1985, quando ganhou um regimento, e vinha funcionando em uma sala de aula adaptada no Instituto de Ciências Humanas. “O prédio é uma conquista importantíssima. Representa a institucionalização definitiva do CPS, oferece mais visibilidade ao Centro e até mesmo mais reconhecimento por parte da sociedade”, afirma. A percepção é compartilhada pela pró-reitora de Pesquisa, Marta D`Agosto, para quem o instituto é importante fonte de dados para o desenvolvimento de pesquisas realizadas tanto pela UFJF quanto por outras instituições locais e nacionais
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Entre os projetos em execução pelo CPS, destacam-se o Banco de Dados Municipal: Anuário Estatístico de Juiz de Fora (14º ano) e Boletim Estatístico Mensal; Regulamentação de Áreas de Especial Interesse Social em Juiz de Fora; pesquisas sobre Rede de Assistência Social; Alimentação de funcionários da empresa Arcelor Mittal; Recadastramento de imóveis de Juiz de Fora; Estabelecimento de proposta de política municipal para crianças e adolescentes. “Estamos ainda finalizando um diagnóstico socioeconômico sobre os municípios de Aracitaba e Oliveira Fortes [cidades da Zona da Mata mineira], para a implantação de programa de desenvolvimento sustentável”, destaca Botti.
(Fonte:UFJF)
UFJF recebe reconhecimento do Governo Federal pelas ações de recursos humanos
Publicada em: 19 de março de 2010
Gessilene ressaltou as ações de capacitação e avaliação de desempenho promovidas na UFJFO trabalho desempenhado pela Pró-reitoria de Recursos Humanos (PRORH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) teve destaque em Brasília durante o “Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas” realizado de 16 a 19 de março. Representantes do Ministério do Planejamento, à frente da organização do evento, elogiaram as ações da UFJF e fizeram questão de chamar à mesa o reitor Henrique Duque para entregar o certificado do encontro.
O reitor agradeceu “a toda a equipe da PRORH e a todas as demais equipes da UFJF, pois é o trabalho unido e conjunto de todos que tem proporcionado esse reconhecimento que, agora, já é feito em nível nacional”. Ao finalizar o discurso, quebrou o protocolo da solenidade afirmando: “com a licença e compreensão de todos, e sem qualquer demérito para os demais servidores, a cada dia confirmo mais ainda a minha convicção de que nós, na UFJF, temos os melhores servidores públicos do país. E essa conquista é de todos eles”.
A PRORH apresentou, juntamente com outras instituições e órgãos federais selecionados em todo o país, como a Biblioteca Nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), projectos que relata as ações da Universidade através da gestão por competência. A pró-reitora Gessilene Zigler Foine, acompanhada de sua equipe, falou sobre as experiências planejadas e implantadas na UFJF, principalmente, nas áreas de avaliação e de capacitação. Ela lembrou as dificuldades que tiveram que ser vencidas no come-on: “todo sistema que envolve mudanças de paradigmas gera, inicialmente, desconfianças e resistências importantes, principalmente quando se trata de um tema que por muito tempo era quase um tabu no serviço público. Era o caso, por exemplo, da avaliação de desempenho”.
Segundo Gessilene, há mais de década não eram realizadas ações de avaliação e de capacitação dos servidores da UFJF de uma maneira sistemática e programada, como está ocorrendo agora. Os programas de Avaliação e Desempenho (Proades) e de Capacitação (Procap) estão passando “por um intenso processo de adesão e de interação” por parte dos servidores. E exemplo disso são os “vários técnicos e docentes da própria Universidade atuando como instrutores das dezenas de cursos de capacitação”.
(Fonte: Pró-reitoria de Recurs Humanos-UFJF)
UFCG INAUGURA CAMPUS DE SUMÉ NESTA SEXTA-FEIRA
Por Rosenato Barreto - CDSA/UFCG
19 de março de 2010 09:30
Solenidade tem início às 17h e contará com a presença de várias autoridades
A Universidade Federal de Campina Grande inaugura amanhã, sexta-feira, 19, às 17h, as instalações do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA), campus de Sumé. Ainda como parte da programação festiva de inauguração, a Secretaria de Recursos Humanos da UFCG, dará posse a 30 novos professores do centro, a partir das 9h.
A área construída do novo campus compreende mais de 1.300 m², constituindo uma Central de Aulas composta de quatro salas com capacidade para cerca de 50 alunos cada e um auditório para 140 pessoas, a Direção de Centro, o prédio das Unidades Acadêmicas de Educação do Campo e de Tecnologia do Desenvolvimento Sustentável e suas respectivas coordenações de cursos, o Laboratório de Informática, uma Sala de Leitura e a Cantina. Ainda serão entregues parte da pavimentação e da iluminação externa do campus.
Participam da solenidade de inauguração o reitor da UFCG, Thompson Mariz, o diretor do CDSA, Márcio Caniello, o prefeito de Sumé, Francisco Duarte da Silva Neto e o governador da Paraíba, José Maranhão, professores, técnicos-administrativos e estudantes da Instituição, além de autoridades locais e estaduais e representantes da sociedade civil organizada.
“O campus de Sumé é um marco importante para o desenvolvimento do Cariri paraibano. É a concretização de um sonho, compartilhado com o povo caririzeiro, que tanto esperou por esse novo polo de educação que será responsável pela formação de profissionais capacitados para atuação no semiárido e responsáveis pelo desenvolvimento da região”, disse o diretor, Márcio Caniello.
O centro oferece os cursos de Licenciatura em Educação do Campo, Licenciatura em Ciências Sociais, Superior de Tecnologia em Gestão Pública, Engenharia de Biossistemas, Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos, Engenharia de Produção e Superior de Tecnologia em Agroecologia.
CDSA
O Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semi-agrido (CDSA) foi criado no âmbito do Plano de Expansão Institucional da UFCG (PLANEXP), elaborado com o objetivo de democratizar o acesso à Universidade, contribuindo para a consecução das metas do Plano Nacional de Educação, especialmente a ampliação do contingente de jovens de 18 a 24 anos no ensino superior.
Além do propósito imediato de possibilitar a inúmeros jovens o direito a uma formação profissional de nível superior pública de qualidade, a inserção da UFCG no Cariri Paraibano tem como objetivo contribuir para a construção de um novo paradigma científico-tecnológico para o desenvolvimento sustentável do semiárido, abrindo novas perspectivas econômicas, produtivas e educacionais para o seu povo e para a população que habita o Bioma Caatinga como um todo.
Destinado a oferecer educação superior pública prioritariamente à população residente no semiárido brasileiro – a que apresenta os menores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do país – e especialmente aos povos do campo, o CDSA/UFCG irá desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão em duas áreas do conhecimento científico fundamentais para o desenvolvimento sustentável destas populações: a tecnologia e a educação.
A tecnologia voltada para o desenvolvimento e revitalização das potencialidades econômicas do semiárido brasileiro, considerando suas vulnerabilidades naturais, seus processos produtivos e suas dramáticas contradições socioeconômicas.
A educação, que é a base do desenvolvimento humano em qualquer circunstância e que para os povos do campo e do semiárido do Brasil é dramaticamente precária, seja em termos numéricos, seja em termos de qualidade, seja em termos de adequação pedagógica. “Neste sentido o CDSA estará envolvido em duas frentes: a formação de professores para a educação do campo e a capacitação de profissionais para o desenvolvimento e gestão de projetos no âmbito das políticas públicas e do setor produtivo”, destaca Márcio Caniello.
A estrutura acadêmico-administrativa do CDSA tem a seguinte constituição: Unidade Acadêmica de Educação do Campo (UAEDUC), que oferece os cursos de Licenciatura em Educação do Campo, Licenciatura em Ciências Sociais e Superior de Tecnologia em Gestão Pública; Unidade Acadêmica de Tecnologia do Desenvolvimento Sustentável (UATEC), disponibilizando os Cursos de Engenharia de Biossistemas, Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos, Engenharia de Produção e Superior de Tecnologia em Agroecologia.
(Fonte: UFCG)
21/03/2010 - Arroz fortificado reduz desnutrição em populações carentes
(Universidade Federal de Viçosa)
A desnutrição pela falta de micronutrientes, como ferro, vitamina A, zinco, tiamina e ácido fólico, afeta bilhões de pessoas no mundo todo, reduzindo o desenvolvimento físico e cognitivo de crianças e a produtividade de trabalho de adultos. A técnica da fortificação de alimentos básicos, como o arroz, que é consumido diariamente por cerca de metade da população mundial, é uma das formas de combater esse problema.
Reunião (foto), ocorrida na manhã da última quarta-feira, dia 17, na Reitoria Universidade Federal de Viçosa, discutiu a criação e estruturação do Centro Regional de Transferência de Tecnologia de Alimentos Fortificados, que vai pertencer ao Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFV. Participaram da reunião a vice-reitora, professora Nilda de Fátima Ferreira Soares; o chefe do Departamento de Tecnologia de Alimentos, professor José Benício Paes Chaves; a diretora de produtos da PATH (Program for Appropriate Technology in Health), doutora Shannon M. Cali; e o doutor Sérgio Segall, representante da PATH no Brasil.
A PATH desenvolveu o Ultra Rice, um sistema de fornecimento de micronutrientes feitos a partir da farinha de arroz e outros ingredientes e assemelha-se ao arroz moído em tamanho, forma e cor. O grão é misturado ao arroz moído e o resultado da mistura é quase igual ao arroz tradicional em cheiro, sabor e textura. Foram desenvolvidas duas fórmulas de Ultra Rice: uma com vitamina A, destinada a crianças com falta desse elemento no organismo, e outra rica em ferro, zinco, tiamina e ácido fólico com o objetivo de combater a anemia, tanto em crianças quanto em adultos. A diferença dessa tecnologia para outras é que os micronutrientes são englobados dentro do grão, o que evita perdas desses elementos durante a lavagem e o cozimento do arroz.
Vinte e oito estudos e experimentos já foram realizados em oito países, como Brasil, México e Índia, evidenciando a eficácia da tecnologia. A PATH busca agora introduzir o Ultra Rice na merenda escolar dos principais municípios brasileiros, na Colômbia e em países da América Central. Por meio de parcerias com fabricantes locais de massa para a produção dos grãos Ultra Rice e com programas alimentares do setor público para a mistura e distribuição do arroz fortificado, essa tecnologia possui um baixo custo, ficando a mistura geralmente de 3 a 5 por cento mais cara do que o custo do arroz tradicional.
(Postado por Mateus dos Santos )
(Fonte : UFV)
22/03/2010 - Ministro Luiz Dulci fala sobre a importância da universidade para o desenvolvimento brasileiro
As ações do governo brasileiro na área de educação constituíram o tema central da conferência do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, proferida no dia 19 deste mês, na UFV. O evento ocorreu no auditório do Edifício Reinaldo de Jesus Araújo (DEF), onde o ministro falou sobre “A Universidade e o Desenvolvimento” para diversas personalidades e membros da comunidade universitária.
Como garantiu Luiz Dulci, a educação superior brasileira passa pelo melhor momento de sua história, lembrando que existe disponibilidade de recursos, especialmente com os aportes originários da exploração do Pré-Sal. Enfatizou, entretanto, que às universidades não basta o aumento do número de vagas, mas o ensino de qualidade é uma exigência fundamental. Para ele, o salto de qualidade a ser viabilizado com os recursos do Pré-Sal representa um desafio, um longo caminho a percorrer, com a lenta sedimentação das pesquisas e dos saberes. E ainda: a instituição universitária não é apenas transmissora de técnicas e conhecimentos, mas o local onde se trabalha com valores que dizem respeito à vida das pessoas, especialmente em sua dimensão social e cultural.
Segundo o ministro, a nova realidade do ensino superior é o reflexo de um crescimento sustentado conseguido pelo atual governo, durante vários anos. Para ele, o ensino superior deve ser público e oferecer oportunidades iguais para todos. Afinal, garantiu Luiz Dulci, não há país no mundo que tenha obtido sucesso sem a presença massiva do Estado na educação. Também não há exemplo de país que não tenha como base para seu desenvolvimento os investimentos em educação. O futuro do Brasil está atrelado a algumas dicotomias que devem ser superadas, como é o caso da produção voltada para a exportação ou para o mercado interno. Como disse, é muito positiva a expansão do comércio exterior para mercados como a África, a Ásia e a América Latina. Outro entrave a ser ultrapassado é a dicotomia entre o desenvolvimento econômico e as questões sociais. Para o ministro, na prática é possível crescer promovendo a distribuição de renda.
Na ocasião, o ministro Luiz Dulci foi saudado pelo reitor Luiz Cláudio Costa, que elogiou seu perfil de homem de idéias e a destacada atuação no governo, contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento da educação e oferecendo todo o apoio possível às demandas da UFV. O ministro Luiz Dulci é um dos seis integrantes da coordenação do governo Lula, sendo responsável pela interlocução política do governo com as organizações e movimentos da sociedade civil brasileira e internacional. Mineiro de Santos Dumont, formou-se em Letras Clássicas pela UFRJ e é professor de Língua e Literatura Portuguesa desde 1974, especializado em educação de adultos.
A cerimônia contou com a presença de diversas personalidades, dentre as quais a vice-reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares, os representantes do Executivo e do Legislativo de Viçosa, a vice-prefeita Lúcia Duque Reis e o vereador Lidson Lehner, respectivamente; os diretores de Centro Sérgio Hermínio Brommonschenckel (CCA), Maria Goreti de Almeida Oliveira (CCB), Antônio Simões Silva (CCE) e Tereza Angélica Bartolomeu (CCH); o deputado estadual Carlos Gomes; e o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool e da Indústria do Açúcar no Estado de Minas Gerais, Luiz Custódio Cotta Martins.
Homenagem
Após a conferência, a UFV prestou homenagem ao ministro Luiz Dulci, por seu compromisso com as organizações e movimentos da sociedade civil; seu posicionamento em favor da inclusão social; sua busca constante do aprimoramento das relações institucionais; e seu envolvimento pela construção de um Brasil cada vez mais justo.
A homenagem foi prestada em cerimônia realizada no Gabinete Simbólico de Despachos da Reitoria, instalado na Casa Arthur Bernardes. Na oportunidade, além da placa de homenagem, o ministro recebeu do reitor Luiz Cláudio uma réplica artesanal de um carro de bois, feita pelo funcionário aposentado da UFV, José Gomes da Silva, e amostras do tradicional doce de leite Viçosa, produzido pela Fundação Arthur Bernardes.
O ministro Luiz Dulci foi cumprimentado em pronunciamentos feitos pelo reitor Luiz Cláudio Costa e pelo prefeito de Viçosa, Raimundo Nonato Cardoso.
(Postado por José Paulo Martins )
(Fonte : UFV)
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