A farmacêutica Elaine Baptista, presidente da Associação Mineira de Farmacêuticos Homeopatas de Minas Gerais (AMFH), esclarece que a Homeopatia é uma terapêutica recomendada pela OMS e reconhecida no Brasil como especialidade médica, farmacêutica e veterinária e sua aceitação e procura vem crescendo pela população, órgãos públicos e profissionais da área.
Tal crescimento não acontece por acaso. É fruto de resultados obtidos nos mais diversos quadros clínicos, em humanos e animais; fato que jamais se apresentaria em se tratando apenas de placebos. É fato que a Homeopatia ainda não dispõe de explicação quanto ao seu mecanismo de ação, tanto quanto diversos outros modelos teóricos, absolutamente aceitos, também ainda não dispõem. “Porém, este fato em nada implica no questionamento se a homeopatia funciona ou não. Quem melhor pode discorrer sobre esta polêmica são os inúmeros pacientes que se beneficiam do tratamento homeopático, durante os mais de 200 anos de existência desta prática e os resultados clínicos já apresentados em inúmeros trabalhos de pesquisa básica e clínica publicados”, ressalta a presidente da AMFH.
A homeopatia tem também se tornado cada vez mais objeto de pesquisa em várias universidades por meio de programas de mestrado e doutorado, o que contribuirá para o crescimento de seu conhecimento dentro dos modelos científicos que sejam adequados a ela.
A Farmácia Homeopática é um âmbito reconhecido da profissão farmacêutica e é regulamentada e fiscalizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e pelos Conselhos Regionais de Farmácia em todo o Brasil (Resoluções CFF 319/97, CFF 440/05) e o Ministério da Saúde inclui a homeopatia no sistema Único de Saúde desde 2006, conforme a Portaria MS 971/06.
Carta em resposta ao artigo: "Fogo cerrado contra homeopatia" – Agência FAPESP
26/08/05
Professor ª Dra. Leoni Villano Bonamin
Professora e pesquisadora da FACIS-IBEHE
Presidente do GIRI
(Groupe International de Recherche sur l´Infinitésimal)
No último informe Agência FAPESP, de 26/08/05 ("Fogo cerrado contra a homeopatia"), constam comentários sobre um artigo a ser publicado esta semana na revista LANCET, a respeito de pesquisa clínica em homeopatia. Ao ler a referida matéria, acreditei ser oportuno tecer alguns comentários, os quais gostaria fossem publicados.
O trabalho do Dr. Egger (Suíça), embora aparentemente bem estruturado, representa apenas um dentre muitos trabalhos de meta-análise sobre pesquisa clínica homeopática. Observa-se, na base de dados Medline, a publicação de quase 1000 trabalhos sobre o tema nos últimos cinco anos. Ao analisarmos o conjunto das publicações na área, é notória a contradição dos resultados apresentados: outros trabalhos, igualmente bem conduzidos, apresentam conclusões diversas daquela apresentada por Egger e seus colaboradores, sobretudo estudos experimentais desenvolvidos "in vitro" (1, 2, 3, 4).
A questão da homeopatia é muito complexa. Seria temerário, diria até leviano, considerar encerrada a questão com base em apenas um artigo científico, da mesma forma que um estudo apenas não seria suficiente para se afirmar de forma absoluta que a homeopatia funciona e que a questão está resolvida definitivamente. Estudos clínicos ditos "de boa qualidade", mesmo os chamados RCT (Randomized Clinical Trial) conduzidos em "duplo-cego", nem sempre são suficientes para dissipar a controvérsia do tema, uma vez que normalmente não são desenhados para pôr a prova os princípios básicos da homeopatia, em especial o princípio de similitude, mas são construídos sobre protocolos padronizados para o estudo de drogas cuja ação se baseia na interação "droga-receptor". Em outras palavras, nem sempre os cientistas estão olhando para o lado certo. Neste caso, uma simples definição inadequada dos parâmetros a serem observados (output) pode significar um grande viés experimental, mesmo que a metodologia apresentada seja considerada de "boa qualidade". Isso é o que ocorre na maior parte dos estudos clínicos sobre homeopatia. Uma meta-análise destes estudos, portanto, estaria multiplicando tal erro na condução das conclusões.
A pendenga, portanto, só teria possibilidade de resolução após a publicação de um número razoável de trabalhos científicos desenhados especificamente para abranger as particularidades do princípio de similitude, tanto na área básica como aplicada, sem, contudo, abrir mão do rigor metodológico necessário. E esta não é uma tarefa nada fácil. A única solução para um desfecho plausível deste longo impasse seria incentivar a pesquisa institucional e formar pesquisadores na área da homeopatia habilitados para conduzir experimentos dentro desta racionalidade.
1. Cucherat M et al. Evidence of clinical efficacy of homeopathy: a meta-analysis of clinical trials. Eur J Clin Pharmacol., v. 56, p.27-33, 2000.
2. Lorenz, I. et al. Influence of the diluent on the effect of highly diluted histamine on basophil activation. Homeopathy, v.92, p.11-18, 2003.
3. Lorenz, I. et al. Sensitive Flow cytometric method to test basophil activation influenced by a homeopathic histamine dilutions. Forsch Komplementärmed Klass Naturheilkd, v.10, p.316-324, 2003.
4. Belon, P. et al. Histamine dilutions modulate basophil activation. Inflammation Research, v.53, p.181-188, 2004.
O debate sobre o universo das altas diluições ganha novo fôlego com o lançamento do livro Signal and Images: contributions and contradictions about high dilution research. A obra reúne trabalhos apresentados nos simpósios anuais do Grupo Internacional de Pesquisa sobre o Infinitesimal (Giri, na sigla em francês).
Criado em 1986, o Giri é uma sociedade científica independente dedicada exclusivamente à pesquisa científica sobre altas diluições - um campo emergente que se estendeu, a partir do campo tradicional da homeopatia, para diferentes disciplinas e aplicações.
De acordo com a organizadora do livro, a professora Leoni Villano Bonamin, presidente do Giri de 2002 a 2008, a obra representa uma coletânea dos trabalhos mais interessantes apresentados nos simpósios anuais da instituição nos últimos seis anos.
"Cada capítulo é a síntese de um trabalho selecionado. A compilação dessas publicações periódicas reflete o estado atual da pesquisa sobre ultradiluições desenvolvidas pelos membros dessa sociedade científica", disse Leoni à Agência FAPESP.
Contestações sobre o caráter científico da homeopatia
De acordo com Leoni, a homeopatia, formulada na Alemanha no século 18 e hoje reconhecida como especialidade médica, tem seu estatuto de ciência continuamente contestado por se utilizar de preparados com diluição acima do número de Avogadro, a constante física que torna possível calcular o número de moléculas em uma amostra com uma certa massa de uma substância. "Apesar disso, essas soluções ultradiluídas têm efeitos biológicos que ainda precisam ser explicados", disse.
O livro está dividido em cinco partes: "Epistemologia", "Pesquisa básica em modelos de física", "Pesquisa básica em modelos biológicos", "Pesquisa clínica", "Pesquisa e prática clínica veterinária" e um epílogo que apresenta, segundo a pesquisadora, "uma perspectiva da possibilidade de se utilizar a homeopatia como uma ferramenta de baixo custo e eficiente para tratamento de problemas endêmicos em regiões menos favorecidas".
Semelhante cura semelhante
Segundo Leoni, o Giri é dedicado ao estudo de todas as formas e aplicações das altas diluições, incluindo a homeopatia. "A aplicação das altas diluições segundo o princípio da similitude é o que chamamos de homeopatia. Esta é a questão mais polêmica deste tema", afirma.
Tradicionalmente, o princípio da similitude - semelhante cura o semelhante - foi descrito por Hipócrates no século 5 a.C. e resgatado por Samuel Hahnemann no final do século 18, quando as bases da homeopatia foram lançadas. Mas hoje, diz, a homeopatia está perdendo seu caráter doutrinário, instituído por Hahnemann, e passando a se constituir como uma ciência, ou seja, sendo passível de observação sistemática e objetiva.
"Atualmente, o princípio de similitude pode ser visto como um fenômeno biológico, demonstrável através de modelos experimentais adequados, e não mais como uma 'lei' ou 'crença', como reza o senso comum", destaca.
Propriedades físico-químicas da água
Para avançar nesse tema, a multidisciplinaridade é uma condição fundamental, de acordo com Leoni. Outro aspecto da multidisciplinaridade dos estudos em homeopatia, diz ela, vem da necessidade de se compreender o fenômeno homeopático com novos paradigmas.
"Uma das grandes contribuições recentes que têm despontado no cenário científico é o conjunto de trabalhos publicados sobre as mudanças das propriedades físico-químicas da água após o processo de diluição seriada de substâncias. Todos esses trabalhos são feitos por físicos, em universidades conceituadas", conta.
"Mas isso ainda não é suficiente. É preciso também o correspondente do lado biológico", disse. Para Leoni, é preciso desenvolver modelos biológicos que possam corroborar ou não os achados experimentais obtidos nas pesquisas físicas. Para que se encontrem modelos biológicos adequados, "é preciso recrutar pesquisadores de diferente áreas: imunologia, patologia, neurobiologia, fisiologia, toxicologia, bioestatística, bioinformática e assim por diante".
Convergência
"É importante destacar o ineditismo da iniciativa, tanto do grupo como do livro em organizar uma atividade científica séria e rigorosa em torno de um tema tido como 'maldito' e até certo ponto negligenciado pela comunidade científica - que tradicionalmente rejeita a homeopatia como ciência - e pela comunidade homeopática mais conservadora, que historicamente rejeita a ciência cartesiana como ferramenta útil para entender a homeopatia. Estamos abrindo novos espaços", diz.
O principal objetivo do Giri, acrescenta, é reunir pesquisadores atuantes em universidades e institutos de pesquisa comprometidos em desenvolver pesquisa de alto nível metodológico sobre o tema. Atualmente, o grupo conta com cerca de 150 membros em todo o mundo. "É um número pequeno, mas o universo da pesquisa séria sobre homeopatia e altas diluições é de fato bem freduzido", afirmou.
• Lançamento: 2008
• Preço: US$ 209
• Mais informações: www.springer.com
Homeopatia Online.com Boletim - Edição 112 - Ano 06
Homeopatia em todas as áreas
Neste domingo fomos brindados com a matéria publicada no jornal O Fluminense sobre a Homeopatia. Foi nos dada a oportunidade de divulgar as cinco áreas de atuação da Homeopatia: médicina, veterinária, farmácia, odontologia e agrônomia. Leia parte da entrevista.
Especialidade vem sendo utilizada no tratamento de animais, por dentistas e até por agrônomos
A homeopatia vem ganhando muitos adeptos ao longo dos últimos anos, principalmente pela forma diferenciada de tratamento. De acordo com os princípios da especialidade, o indivíduo é analisado como um todo, levando em conta suas características físicas e emocionais.
Não só a medicina vem se utilizando dos benefícios da homeopatia, mas em áreas como a odontologia e a veterinária o método tem sido aplicado com resultados significativos.
Uma aplicação da homeopatia amplamente utilizada no mundo é em animais. Há mais de 10 anos, a médica veterinária Maria Leonora Veras de Mello trabalha com essa especialidade.
"O medicamento homeopático estimula e conduz a energia vital do animal ao seu reequilíbrio, mal comparando, como se fosse um modulador imunológico, conduzindo o organismo à cura", ressaltou.
De acordo com a veterinária, o tratamento é mais barato em relação aos feitos com remédios alopáticos. Porém, existem limitações no tratamento de algumas doenças.
Veja Outros artigos:
Homeopatia no Sistema Único de Saúde: representações dos usuários sobre o tratamento homeopático
Gestores do SUS: apoio e resistências à Homeopatia
As ultradiluições e suas estruturas virtuais
Study of homeopathic high dilutions of copaiba oil
International Journal of High Dilution Research, Vol 8, No 26 (2009)
Comentário: A Homeopatia é uma ciência que vem avançando muito nos últimos anos, através do esforço de pesquisadores dedicados a estudos de experimentação, observação, codificação, interpretação de casos clínicos, bem como, estruturação de pesquisas, utilizando metodologias científicas, buscando explicações, interpretações de resultados, desenvolvimentos e novas tecnologias, sendo então aplicada, há mais de décadas, nas áreas de medicina, farmácia, odontologia, enfermagem, odontologia, veterinária e mais recentemente em agronomia, com grandes sucessos, por isto de tempos em tempos, tentam denegri-la na mídia, isto é, estratégia e tática desenvolvida pelos estudiosos de marketing e do mercado de medicamentos, com o intuito de equivocar os usuários, os pacientes e clientes. De acordo com a história, em todas as épocas de grande desenvolvimento da homeopatia, criaram e criam um marketing “ a homeopatia é demorada” afim de estimular desistências e resistências à utilização destes tipos de medicamentos, principalmente devido o brasileiro ser imediatista e consumista, com impedem e controlam, o crescimento desta ciência, tanto no Brasil, quanto à nível mundial, mas é preciso informar que a homeopatia é rápida, tem efeito imediato também, só depende da análise do indivíduo e do medicamento, da percepção e do acerto da escala, da potência, da dinamização, é preciso então conhecer, estudar, dedicar, pesquisar e ter a percepção, se o doente como um todo, piorou ou não nos respectivos níveis, pesquisa-se também, como este adoeceu, se desequilibrou no nível metabólico e/ou de sobrecarga alimentar e/ou tóxica, bem como no físico, emocional ou no mental. É importante afirmar, que as pesquisas comprovam que a homeopatia é eficaz, eficiente, efetiva, científica, é de base experimental, sendo muito utilizada, independente se o indivíduo, acredita ou não nos seus efeitos, pois esta não depende de crendiz, apresenta resultados perceptíveis no equilíbrio, no restabelecimento, na saúde e até na morte, pois Hahnemann, médico alemão decodificou, observou, experimentou a homeopatia, em si, nos seus familiares, nos seus amigos, na sua clientela, dentro e fora da sua comunidade e foi o propulsor da homeopatia, ensinando aos seus, respectivos discípulos e parceiros pesquisadores, que esta ciência é de base experimental no homem, daí utilizavam estes medicamentos, pesquisando, medicando e observando os doentes, na intenção, de que estes morressem curados e/ou com equilíbrio de energia vital.
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