Os governos do Brasil e do Líbano assinaram nesta quinta-feira (22) documento que prevê cooperação entre os dois países no setor de desenvolvimento social e combate à fome. O objetivo do memorando de entendimento é promover ações de assistência técnica, capacitação, gerenciamento de dados e troca de conhecimento e experiência.
Os dois países vão elaborar, a partir de agora, um projeto de cooperação que abrangerá iniciativas nas áreas de redução da pobreza, políticas e estratégias de desenvolvimento social, proteção e inclusão social, direitos de comunidades vulneráveis, monitoramento de serviços e planejamento descentralizado. Também estão previstas visitas técnicas e seminários. A proposta começou a ser gestada em março na II Reunião de Ministros de Assuntos Sociais e Desenvolvimento da Cúpula América do Sul e Países Árabes (Aspa), em Brasília.
Durante sua presença no Brasil, o ministro libanês de Assuntos Sociais, Selim El Sayegh, visitou um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Algumas das formas de trabalho dessa unidade foram adotadas no Líbano, onde já funcionam cerca de 170 espaços que prestam serviços socioassistenciais. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, definiu que uma missão brasileira irá a Beirute para analisar as ações do governo libanês na área social.
Os dois países assinaram ainda um acordo na área de esportes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Líbano deve ser a porta de entrada dos investimentos brasileiros no mundo árabe. Ele informou que o Brasil triplicou seu comércio com aquele país. Também participaram do evento os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Miguel Jorge (Desenvolvimento Econômico), além do presidente do Líbano, Michel Suleiman..
BRASIL-LÍBANO
Paz no Oriente Médio é tema do encontro de Lula e Sleiman
BRASÍLIA - Em almoço nem homenagem ao presidente do Líbano, Michel Sleiman, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que os dois países levam uma agenda "de paz e reconciliação" ao Conselho de Segurança da ONU e que está convencido de que a paz no Oriente Médio pode ser alcançada. Lula exaltou a importância da participação do Líbano na construção desse processo de paz, mas lembrou que a região enfrenta problemas com o conflito árabe-israelense, a questão dos refugiados palestinos e as indefinições sobre o programa nuclear iraniano.
" Não haverá conforto para o sofrido povo libanês enquanto perdurar o conflito árabe-israelense, a questão dos refugiados palestinos e as indefinições sobre o programa nuclear iraniano "
- Não haverá reconciliação na região sem um Líbano vivendo em harmonia com seus vizinhos. Não haverá conforto para o sofrido povo libanês enquanto perdurar o conflito árabe-israelense, a questão dos refugiados palestinos e as indefinições sobre o programa nuclear iraniano - disse Lula.
O presidente brasileiro disse que o libanês tem uma vocação inabalada para a paz e a democracia. Ele disse que a paz para os dois países é indispensável, lembrando a ajuda que o Brasil tem dado para a reconstrução daquele país.
- Colaborar para a plena reconciliação do Líbano é o desejo de todos os brasileiros - afirmou.
Na parte econômica, Lula disse o comércio entre os dois países triplicou desde o início de seu governo em 2003 e que é preciso agora diversificar esse comércio.
Já o presidente libanês agradeceu o apoio que tem recebido do Brasil. Ele defendeu a eleição dos dois países como membros do Conselho de Segurança da ONU.
Os dois presidentes assinaram acordos na área social e de esporte
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