História Dinâmica

Não só de passado vive o homem, mas das ações presentes compartilhadas, com o olhar para frente, estimulando, participações sociais, integradas, teóricas e práticas, que incentivem a obtenção de mais resultados, tornando os indivíduos e as coletividades mais livres, porém com, mais dignidade, abertura de espaços e oportunidades para todos. É preciso que esta história seja, cada mais dinâmica, que especialmente vise, ainda mais, cuidar das prioridades, das boas ações, dos resultados, (os)as que são ligado(as), interligado(as), integrado(as),globalizado(as) e socializado(as), em redes, dentro de movimentos constantes de atuação.

Que todas as boas ações passem, a fazer parte dos estados permantes de evolução, mas com o foco nas melhorias contínuas, principalmente ao buscar, estimular e realizar ações, para resultados concretos, mediante metas de perspectivas crescentes, de desenvolvimento e inovação, para que o Brasil seja, cada vez mais, próspero e o mais justo possível, no futuro.

(Fonseca, M.C.da S.)

Farmacêutica-Bioquímica, Natural de Santos Dumont

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Os anjos descerão sobre a América Latina?


Um novo tipo de investidor poderia proporcionar capital de investimento e assessoria para os jovens empreendedores latino-americanos
Charo Quesada

Nos primeiros tempos da Broadway, os empresários teatrais da cidade de Nova York às vezes ficavam sem dinheiro poucos dias antes da data marcada para a estréia de um espetáculo. Ocasionalmente, um nova-iorquino rico, tendo tomado conhecimento do problema, vinha em socorro do empresário, emprestando-lhe o dinheiro necessário em troca de uma participação na renda da bilheteria. Esse tipo de investidor, tão oportuno quanto improvisado, ficou conhecido como “anjo”.

O mundo empresarial e financeiro dos Estados Unidos logo reconheceu o imenso potencial representado por esses anjos investidores. Quando empreendedores com bons projetos associam-se a prósperos capitalistas de risco, ambos os lados podem se beneficiar. Trinta anos depois, os Estados Unidos têm mais de 2 milhões de anjos investidores, tanto indivíduos como grupos, que, com seu capital e conhecimento especializado, criaram condições para que milhares de empresas jovens, dinâmicas e criativas chegassem ao mercado. Sem os anjos investidores, a revolução “ponto-com” da década de 1990 não teria sido possível.

Anjos latinos?
Muitos novos empreendedores na América Latina poderiam se beneficiar do apoio técnico e financeiro de anjos investidores e, depois, usar esse apoio para crescer. No momento, a maioria dos empreendedores da região tem que contar apenas com suas próprias economias ou as de sua família para iniciar um negócio. O empresário colombiano Felipe Vergara, que vem pesquisando essa questão na América Latina, diz que os anjos ainda são um fenômeno muito novo na região.

Numa recente apresentação no BID sobre o papel que esses investidores anônimos desempenham numa economia em desenvolvimento, Vergara enfatizou a importância de promover o conceito de anjos investidores na América Latina. “O principal desafio para os novos empresários na América Latina é o financiamento”, disse ele. “O dinheiro flui por canais muito estreitos, que não são proporcionais ao talento empresarial da região, e muitas novas empresas ficam estagnadas ou desaparecem por falta de recursos para crescer.” A maior parte do capital na América Latina, ressaltou, é investida no exterior ou no ramo imobiliário, negócios de família, títulos do Tesouro e outras operações convencionais de baixo risco.

Controle do risco
Apostar o próprio dinheiro no futuro de uma idéia parece uma proposta muito arriscada. “Mas essa não é a história inteira”, explicou Vergara. “Aconteceu assim na internet, mas essa foi uma exceção.” Antes de investir, os anjos procuram a ajuda de especialistas na área e selecionam empresas que já tenham de um a três anos de atividade, as quais, então, apresentam um plano comercial. Depois de conduzir uma análise minuciosa da viabilidade da empresa e de seus objetivos, os investidores negociam um acordo em que injetam capital e/ou tornam-se acionistas. Eles raramente arriscam mais do que 5% do seu patrimônio total. O empreendedor, por seu lado, também tem a liberdade de investigar o(s) investidor(es).

“Mas o dinheiro não é a coisa mais importante”, observou Vergara. “O suporte técnico, experiência, contatos e assessoria dos investidores são tão ou mais valiosos do que a injeção de recursos financeiros.” Na América Latina, acrescentou, as pessoas têm medo de investir em empresas desconhecidas, e não confiam nem se sentem seguras quanto às instituições encarregadas da regulamentação e proteção desse tipo de atividades.

“Uma das melhores garantias para os anjos investidores é a presença de instituições fortes e estáveis”, disse Vergara. Maior transparência, bases jurídicas mais sólidas ou incentivos fiscais para aqueles que investem em empresas iniciantes ou ajudam-nas a se estabelecer legalmente são apenas algumas das sugestões de Vergara para incentivar a ação dos anjos investidores. Muitas novas empresas na América Latina não se preocupam, a princípio, com todas as exigências legais. Porém, para conseguir acesso ao mundo dos anjos investidores, elas precisam ter sua documentação em ordem. Vergara acha que mais empresas regularizariam sua situação se os custos fossem mais baixos.

Promoção da idéia
Vergara faz parte de uma equipe de especialistas do Instituto Batten, da Darden Graduate School of Business Administration da Universidade da Virgínia, que tem estudado os anjos investidores nos Estados Unidos e, mais recentemente, na América Latina. Um resultado positivo da pesquisa da equipe mostra que uma nova geração de empresários latino-americanos vem atraindo anjos investidores. O banco estatal de segunda linha mexicano NAFINSA tem uma rede de 2.000 anjos em parceria com 60 universidades, nas quais ministram cursos dessa especialidade financeira.

Na Argentina, vários anjos investidores conhecidos investiram em dezenas de pequenas empresas.

“Em geral, ninguém sabe como se tornar um anjo”, diz Vergara. No entanto, potencial não falta. “A América Latina tem uma geração de executivos empresariais aposentados que são ricos – em dinheiro, experiência e contatos – e estão particularmente interessados em contribuir para o desenvolvimento econômico de seu país”, acrescenta. Além disso, universidades e instituições de desenvolvimento, entre elas o BID, estão começando a desempenhar um papel mais destacado.

Um passo inicial recomendado pelo estudo do Instituto Batten é disseminar informações sobre anjos investidores e identificar os líderes que promovem esse setor em cada país, e além de lhes oferecer melhor capacitação, proporcionar acompanhamento e incentivá-los a capacitar outras pessoas. “Há uma série de procedimentos que foram usados e aperfeiçoados nos Estados Unidos e em outros países e que poderiam ser utilizados na América Latina”, disse Vergara. “Existem contratos de confidencialidade ou de proteção a acionistas minoritários que ajudariam a tranqüilizar futuros investidores.” Por fim, os especialistas do Batten recomendam que os governos implementem iniciativas de políticas públicas que facilitem o investimento em novas empresas.



O que funciona no topo não funciona na base

Charo Quesada

Alejandro Espinosa
Prejudicadas por uma educação básica inadequada e freqüentemente incompleta, as pessoas de baixa renda na América Latina e no Caribe são obrigadas a aceitar empregos que exigem pouca qualificação e oferecem escassas oportunidades de capacitação ou avanço. Obviamente, estão também em distinta desvantagem para iniciar e conduzir um negócio próprio. Como afirmou Alejandro Espinosa, do Grupo Nueva do Chile, na conferência “Construir Oportunidades para a Maioria” do BID, “não é possível haver negócios bem-sucedidos em sociedades mal-sucedidas”.

O problema é amplificado pelo fato de que as pequenas e médias empresas, que são responsáveis por 20% a 40% dos empregos formais na América Latina, não têm condições de oferecer capacitação para seus funcionários sem financiamento do governo. Os negócios informais, que proporcionam metade de todos os empregos na região, não podem sequer cobrir os gastos previdenciários com seus funcionários.

Essa falta de capacitação reduz a competitividade da região e limita sua produtividade.

O vasto mercado informal é, por definição, não regulado e permanece fortemente segmentado em termos de ocupações. As mulheres, por exemplo, dominam o setor do trabalho doméstico, o ensino e o trabalho em escritórios. Os indígenas e afro-descendentes representam de 68% a 80% dos trabalhadores que recebem salários abaixo da linha de pobreza.

Sem os instrumentos e oportunidades disponíveis para as empresas formais, os empresários do mercado informal não podem organizar racionalmente seu trabalho e seu tempo, ou o de seus funcionários, por meio de contratos legais que estabeleçam as obrigações de ambas as partes.

Desta forma, eles não têm o apoio jurídico proporcionado pela lei e não têm acesso ao crédito que os ajudaria a ampliar seus negócios ou a separar seus bens pessoais e familiares de seus ativos comerciais.

Cadeias de valor e arranjos produticos locais de empresas (business clusters) são duas estratégias que se mostraram úteis para ajudar as pequenas empresas a competir com mais eficácia. Cadeias de valor baseiam-se em relações “encadeadas” entre fornecedores e clientes, da matéria-prima à fabricação, empacotamento e distribuição dos produtos acabados para venda. Os clusters de empresas enfatizam as ligações entre várias empresas com o mesmo tipo de operação ou que atuem na mesma área. Ambos os sistemas reduzem os custos de transação e criam um clima de confiança entre as empresas. Ao trabalhar juntas, as empresas obtêm um nível mais elevado de eficiência coletiva.

Nancy Barry
“A região precisa de pactos empresariais com os governos. É necessário chegar a um acordo sobre quem fará o que para criar uma nova economia que inclua os consumidores de baixa renda”, sugeriu Nancy Barry, presidente e diretora-executiva do Women’s World Banking. Ela citou um acordo entre o governo colombiano e bancos comerciais como um exemplo bem-sucedido desse tipo de pacto.

O BID está propondo um Pacto Empresarial para a Maioria, cuja principal finalidade é aumentar a produtividade, diminuir o tempo necessário para o registro de empresas, melhorar a qualidade da educação secundária, reduzir a informalidade e eliminar as diferenças salariais.

“Como empresários, precisamos ter uma visão de compromisso com a sociedade”, disse Espinosa. “Todos temos de mudar a maneira como operamos. O que funciona no topo da pirâmide não funciona na base.”



Uma oportunidade para a maioria negligenciada da América Latina
Luis Alberto Moreno


Luis Alberto Moreno,
presidente do BID


PONTO DE VISTA

As reformas de liberalização do mercado adotadas pela América Latina na década de 1990 valeram o sacrifício?

Os 360 milhões de latino-americanos que têm poder de compra inferior a US$300 por mês provavelmente responderiam com um sonoro “não”. Esses cidadãos ainda não dispõem de acesso adequado a água limpa e saneamento básico, escolas decentes, moradia e emprego. Em sua luta diária para levar uma vida digna, eles oferecem um contundente lembrete de que políticas macroeconômicas sólidas, por si só, não produzem o milagre do desenvolvimento.

A situação difícil dessa maioria negligenciada deu origem a uma nova geração de líderes que insiste em que o crescimento econômico deve gerar dividendos concretos para os pobres. No entanto, ao mesmo tempo em que defendem novas abordagens para o problema, esses líderes enfrentam velhos dilemas: como, exatamente, os governos devem aliviar a pobreza e criar oportunidades econômicas? O setor privado é um obstáculo para esses esforços ou uma fonte de possíveis soluções?

Desde que fui eleito presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento no ano passado, discuti essas questões com muitos chefes de Estado da região. Apesar das controvérsias recentes no setor de petróleo e gás, poucos desses líderes defendem um retorno aos setores públicos gigantescos e ineficientes das décadas de 1970 e 80. Na verdade, eles estão ansiosos por preservar os ganhos dos três últimos anos, um período em que os preços altos das commodities, as baixas taxas de juros internacionais e uma gestão econômica prudente combinaram-se para produzir os mais baixos níveis de dívida e inflação em décadas.

Longe de declarar guerra ao setor privado, a maioria dos governos está interessada em aplicar também em seus países as políticas que possibilitaram que companhias inovadoras em toda a América Latina produzissem melhoras mensuráveis na vida dos pobres.

Consideremos o caso dos telefones celulares e do acesso à internet. Poucos anos atrás, esses eram luxos na América Latina. Hoje, graças a reformas regulatórias que incentivaram a concorrência e o investimento, quase metade das famílias da região possui telefones celulares. Muitas delas jamais teriam tido condições de possuir um telefone de linha fixa. Agora, com a chegada dos cartões telefônicos pré-pagos, que permitem que se façam ligações de telefones celulares ou sejam usados para acessar a internet em cibercafés, as pessoas podem estabelecer contatos por esses meios mesmo sem dispor de um computador ou de um cartão de crédito.

Isso também significa que milhões de trabalhadores autônomos e empresários informais podem agora contatar rapidamente clientes e fornecedores. Nesse aspecto, os cartões telefônicos são um exemplo notável de como novas tecnologias, quando adaptadas às necessidades dos pobres, podem expandir as oportunidades econômicas.

O florescente setor de microfinanças na América Latina é líder nessa área. Além de direcionar milhões de pequenos empréstimos a pessoas excluídas dos bancos tradicionais, as instituições de microfinanças estão agora oferecendo cartões de débito, empréstimos para moradia e serviços de transferência de dinheiro destinados a facilitar as remessas que imigrantes latino-americanos enviam para casa, as quais chegaram, no ano passado, a US$53,6 bilhões. Esse mercado tornou-se tão atraente que alguns dos grandes emprestadores comerciais da região estão começando a se voltar para a população de baixa renda com novos produtos e serviços.

No México, as reformas financeiras levaram a um crescimento sem precedentes do setor de moradias populares, que está beneficiando cada vez mais os pobres. Mais de 1,5 milhão de famílias de baixa renda obtiveram empréstimos governamentais para moradia desde 2001. Os empréstimos hipotecários, que haviam praticamente desaparecido depois da crise do peso em 1994, vêm tendo um aumento expressivo. Por sua vez, novos fundos de pensão estão investindo em títulos lastreados por hipotecas, o que produz liquidez para mais empréstimos. Como resultado, a construção civil tornou-se um dos setores mais dinâmicos do México, gerando milhares de empregos.

Até mesmo setores politicamente sensíveis como água e saneamento estão se beneficiando com a colaboração público-privada. Na Colômbia, a descentralização e a reforma regulatória atraíram empresas de água de alta qualidade para áreas em que 85% da população são pobres. Ao longo da costa atlântica do país, mais de um milhão de pessoas que não dispunha de água corrente uma década atrás agora dispõe dela 24 horas por dia, graças a empresas de capital misto com administradores privados, porém controladas por governos municipais. Na Bolívia, cooperativas de água independentes administradas como empresas sem fins lucrativos proporcionam um excelente serviço de água em várias cidades com grandes populações de baixa renda.

Os governos que incentivam esses tipos de empreendimento não estão abdicando de sua responsabilidade para com a maioria. Eles estão, antes, reconhecendo que os gastos públicos (e os empréstimos de instituições multilaterais) nunca serão suficientes para eliminar a pobreza. Estão também admitindo que os pobres pagam uma multa por sua situação – na forma de dinheiro gasto com água engarrafada, horas desperdiçadas em transportes deficientes, dias de trabalho perdidos devido a doenças evitáveis – e que o setor privado pode ajudar a reduzir essa multa oferecendo bens e serviços adaptados especificamente para consumidores de baixa renda.

O desafio para os governos é ampliar essas experiências de sucesso com a criação de um ambiente que incentive as ações privadas – começando pela base da pirâmide econômica. Algumas das iniciativas nesse sentido podem ser a modernização dos registros civis e sistemas de registro de propriedades, para que milhões de pessoas atualmente sem documentos possam exigir seus direitos e oportunidades; a eliminação da burocracia e da corrupção, que impedem o crescimento de pequenas empresas; e a expansão do acesso dos pobres aos serviços bancários.

O dinheiro, por si só, não ajudará a criar essas condições. É necessário que haja uma disposição a correr riscos e um comprometimento de longo prazo com a transformação das instituições públicas. Se enfrentarem esse desafio, os novos líderes latino-americanos terão oportunidade de conseguir que os benefícios das reformas iniciadas na década de 1990 estendam-se, por fim, a todos os níveis da sociedade.
(Esta coluna foi publicada originalmente em The Miami Herald)


Conexão com o futuro
Charo Quesada


Uma enfermeira faz anotações em seu caderno sobre os pacientes que visita numa área remota dos Andes peruanos. No fim do dia, conecta seu telefone celular à central de controle em Lima usando um cartão telefônico pré-pago. Ela digita um código, e um computador na capital reconhece sua identidade e localização. A enfermeira pode, então, introduzir os dados dos pacientes num banco de dados de prontuários médicos usando mensagens de texto. Como resultado, as autoridades de saúde pública, que antes não sabiam praticamente nada sobre a situação em áreas distantes, agora contam com informações detalhadas e atualizadas.

Pablo Bermudez
“Dessa maneira, os especialistas do sistema de saúde peruano podem rastrear, combater e controlar epidemias”, disse Pablo Bermúdez, diretor de governo eletrônico da Voxiva, a empresa que desenvolveu a tecnologia. “Nós exportamos esse tipo de tecnologia para muitos países, entre eles Ruanda, onde revolucionamos o sistema de atendimento aos doentes de Aids. Agora, vamos aplicá-la no Sudeste Asiático, para prevenção e alerta de desastres naturais”, explicou ele na conferência “Construir Oportunidades para a Maioria”, promovida pelo BID. Outro produto da Voxiva, um sistema de comunicação rápida também baseado em telefones celulares, ajudou a reduzir a criminalidade em 30% no bairro de Miraflores, em Lima, a um custo anual de 50 centavos de dólar por pessoa.

Esse tipo de tecnologia simples e acessível parece finalmente estar ajudando as pessoas da base da pirâmide econômica a participar das profundas transformações nas estruturas sociais, econômicas e institucionais que vêm ocorrendo em nossos tempos. Essa é a idéia que impulsiona a “Conexão para a Maioria” – uma das atividades propostas dentro da iniciativa conduzida pelo BID para estimular o uso de tecnologias de informação e comunicação, a fim de melhorar a educação e a gestão empresarial, expandir mercados, dar poder aos cidadãos e às suas comunidades, fortalecer a governança local, entre outros benefícios.

Craig Fiebig
“As aspirações do ser humano por qualidade não variam conforme a renda”, disse Craig Fiebig, gerente-geral para mercados emergentes da Microsoft, em sua participação na conferência. “Tentamos desenvolver produtos simples e baratos para suprir algumas deficiências graves entre a população mais necessitada. Na área da educação, por exemplo, pelo menos 50% dos professores não comparecem às aulas na Índia. Podemos ajudar aí. As pessoas têm de superar o medo que sentem da tecnologia. É isso que as novas gerações vão usar.”

Países da América Latina e do Caribe fizeram progressos consideráveis na expansão das tecnologias de informação e comunicação: a penetração da internet teve um aumento de 272,8% entre 2000 e 2005, e o número de telefones celulares aumentou 171,5%. No entanto, apenas 15,2% da população da região têm acesso à internet, em comparação com 68,7% nos Estados Unidos e 50% nos países da OCDE. A região está à frente da África, Ásia e Oriente Médio, mas fica bem atrás das economias asiáticas de alto desempenho (Taiwan, Cingapura, Coréia do Sul e Hong Kong), que têm uma média de 60%.

Além de melhorar as economias e as empresas, as novas tecnologias são um meio revolucionário de abordar problemas educacionais dentro e fora da sala de aula; melhorar o atendimento de saúde, em especial em áreas rurais e geograficamente remotas; baixar o custo de transações financeiras, em especial para remessas de imigrantes para seus países de origem; e possibilitar que indivíduos, famílias e comunidades se comuniquem por meio de serviços acessíveis de telefone celular e conexões gratuitas com a internet.

O BID assumiu o compromisso de adaptar seus instrumentos de assistência técnica e financeira para promover um desenvolvimento socioeconômico eficaz e mais inclusivo, que leve os benefícios da revolução tecnológica até os pobres. Com esse fim, o Banco apoiará parcerias público-privadas, projetos-piloto, pesquisa, expansão de redes de saúde virtuais e modernização do setor financeiro. No âmbito de seu trabalho para a modernização do Estado, o BID reconhece a importância de serviços de governo eletrônico eficientes, modernos e fáceis de usar e está preparado para oferecer apoio para sua reestruturação e integração tecnológica e para o desenvolvimento de regulações de comércio eletrônico e ampliação da conectividade.

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