Não foi por acaso que aquele pedaço de Brasil surgiu nos sonhos de Dom Bosco. Nem por acaso se tornou versos do compositor. Seus palácios, parques, jardins e um verde inigualável estão hoje preservados e declarados Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Muito mais do que palácios, esculturas e capital do poder, Brasília vai-se tornando uma descoberta mágica pela Natureza que oferece em seus arredores, numa região que se chama de "entorno". Seu cerrado, com árvores retorcidas e secas, esconde cachoeiras, grutas, lagoas, piscinas naturais, cavernas, cristais e caminhadas por trilhas que surpreendem com espécies raras da fauna e da flora. Infelizmente, muitas já ameaçadas de extinção.
Entre as 60 mil espécies animais destacam-se a onça-pintada, a suçuarana, o veado-campeiro, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o tatu-canastra. A rica e bela fauna compõe-se de espécies como a palmeira-buriti, as buganvílias com sua cores lilás, branca, vermelha e rosa, as mais variadas orquídeas. Muitas delas estão hoje preservadas em unidades de conservação. Na verdade, 42% do território do Distrito Federal são formados por áreas de proteção ambiental.
Estrangeiros e brasileiros, turistas e brasilienses, não importa. Conhecer os arredores de Brasília é uma opção de lazer ou de estudos cada vez mais procurada. Para isso, basta se aventurar e encontrar momentos de paz e encantamento. E para todos há uma exigência: não depredar a Natureza. Outra é ter disposição para escalar pedreiras e andar a pé por lugares acidentados. O roteiro lista 40 lugares que são inesquecíveis.
Quem nasce em Brasília é "candango" ou "brasiliense". O termo "brasiliense" costuma também ser usado para significar quem mora na cidade, quer tenha nascido nela ou não.
Mais Historia de Brasília
A idéia de fixar o governo do Brasil no interior existe desde 1810. Desde aquela época, a preocupação era com a segurança nacional. A capital deveria ficar longe dos portos e de áreas de mais fácil acesso de possíveis invasores. Em 1891, o artigo 3º, da Constituição promulgada naquele ano determinava uma área de 14 mil quilômetros quadrados seria demarcada no Planalto Central, para onde seria transferida a futura capital do País.
Dando prosseguimento à determinação do artigo, em 1892, uma expedição da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil seguiu para o interior e construíram quatro marcos na região. Foi a chamada Missão Cruls, em homenagem ao seu líder, o astrônomo Luís Cruls. Em sete meses, vários geólogos, médicos, botânicos, entre outros percorreram mais de 4 mil quilômetros pesquisando minuciosamente a fauna, flora, recursos naturais, topografia, etc. A área pesquisada e demarcada foi batizada com o nome de Quadrilátero Cruls. O resultado da expedição foi entregue em 1894, um relatório contendo todas as informações da região.
No ano seguinte, o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira começou o processo de instalação da Nova Capital e viajou pela primeira vez ao Planalto Central. Depois de um concurso, a equipe do urbanista Lúcio Costa e o grupo de arquitetos encabeçados por Oscar Niemeyer ganhou carta livre para projetar Brasília. Em pouco tempo já estavam prontos os desenhos de todos os prédios públicos e grande parte dos residenciais. Já Lúcio Costa, partiu do traçado de dois eixos, cruzando-se em ângulo reto, como uma cruz para criar o projeto urbanístico brasiliense. Os dois eixos foram chamados de Rodoviário e Monumental. O Eixo Rodoviário, que cortaria as áreas residenciais do Plano Piloto, foi levemente arqueado para dar à cruz a forma de um avião, nascendo, assim, a Asa Norte e Asa Sul. Enquanto o Eixo Monumental, com 16 quilômetros de extensão, seria destinado para as autarquias e monumentos. Ele foi dividido da seguinte maneira, no lado leste prédios públicos e palácios do governo, no centro a Rodoviária e a Torre de TV; e no lado oeste os prédios do Governo do Distrito Federal.
No dia 21 de abril de 1960 foi inaugurada a nova capital do Brasil e nascia uma das cidades mais místicas e belas de todo o mundo. A mística em torno da capital surgiu ainda no século XIX, quando Dom Bosco profetizou que surgiria uma nova civilização entre os paralelos 15 e 20. Outras várias profecias, lendas e crenças surgiram com o nascimento de Brasília. Há quem diga que a região do Distrito Federal é propício para a aterrizagem de discos voadores e contato com extra-terrestres. Esse lado mágico de Brasília fez surgir algumas comunidade não ortodoxas no Distrito Federal. A Cidade Eclética e o Vale do Amanhecer têm autonomia para viver ao seu modo, conforme suas próprias crenças.
Com a inauguração e a promessa de um futuro melhor, em meio a uma analogia de um oásis no deserto, a migração para o Distrito Federal foi inevitável. Logo surgiram cidades dormitórios em torno do Plano Piloto que foram batizadas de satélites. Recentemente, manobras políticas resultaram em uma nova migração em massa para o Distrito Federal. O inchaço urbano foi tanto, que Brasília já possui uma área metropolitana sem ainda ter desenvolvido um pólo industrial local. O planejamento urbanístico de Lúcio Costa, previa 500 mil habitantes no ano 2000. Em janeiro deste ano, chegamos a 2 milhões de habitantes, quatro vezes mais que o planejado.
O nome Brasília já vem de longa data. Foi sugerido em 1823 por José Bonifácio, em memorial encaminhado à Assembléia Geral Constituinte do Império. 150 anos depois do chanceler Veloso de Oliveira ter apresentado a idéia ao príncipe-regente. Desde 1987, a Unesco reconhece Brasília como Patrimônio Histórico e Universal da Humanidade.
Referências
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5,0 5,1 5,2 Produto Interno Bruto dos Municípios 2003-2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (16 de dezembro de 2009). Página visitada em 16 de dezembro de 2009.
Administração pública é responsável por mais de um terço da economia em quase 34% dos municípios brasileiros. IBGE (16 de dezembro de 2009).
Luís Cruls. Planalto Central do Brasil: Coleção Documentos Brasileiros (em português). 3.ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1957. pp. 333.
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Gazeta do Povo. Página visitada em 22 de novembro de 2008.
Opine pela inteligência ( "PLANTE UMA ÁRVORE NATIVA")
Sinos acordam população para a festa dos 50 anos de Brasília
Esplanada dos Ministérios será o palco principal das comemorações.
Festa será gratuita e vai durar até a madrugada de quinta-feira (22).
As badaladas dos sinos de todas as igrejas de Brasília dão início, às 7h desta quarta-feira (21), às comemorações programadas para o aniversário de 50 anos da Capital Federal. Será uma homenagem ao aniversário da cidade e uma forma de chamar a população para os festejos. Estão previstas atrações musicais, apresentação da Esquadrilha da Fumaça, shows religiosos, eventos esportivos e espetáculo de fogos.
A comemoração será concentrada na Esplanada dos Ministérios e todas as atividades terão entrada livre. A população também terá transporte de metrô gratuito, das 7h até as 2h30 de quinta-feira (22). O governo estima a presença de cerca de 1,2 milhão de pessoas na festa.
Os eventos cívicos estão previstos para o período da manhã e começam com o hasteamento das bandeiras dos estados, na alameda das bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, às 8h30.
A parada de personagens da Disney promete atrair as crianças, a partir das 10h30. O percurso será feito por toda a Esplanada dos Ministérios, com a saída no Museu da República e a chegada na Praça dos Três Poderes. Também estão previstos eventos esportivos para o período da manhã, com regata no Lago Paranoá, maratona e etapa do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia.
À tarde, a Esquadrilha da Fumaça faz apresentação nos céus de Brasília, a partir das 14h30. Logo depois, começam as atrações musicais. Serão três palcos espalhados pela Esplanada. O gospel, atrás do Teatro Nacional, o católico, próximo ao Museu da República, e o palco principal, no centro da Esplanada.
Os cantores e as bandas se apresentam até 0h50. Milton Nascimento cantará a música “Peixe Vivo”, uma das preferidas do ex-presidente Juscelino Kubitschek, idealizador de Brasília. Em seguida, um show pirotécnico com dez minutos de duração encerra a festa.
Confira alguns dos eventos programados:
Etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia
De 17 a 25 de abril
Horário: 10h
Local: Arena Central na Esplanada dos Ministérios
Parada Disney
Horário: 10h30
Local: Esplanada dos Ministérios (partindo do Museu da República, passando na frente da Catedral e terminando na Praça dos Três Poderes)
Lançamento da moeda comemorativa dos 50 anos de Brasília
Horário: 10h30
Local: Museu da República
Exposição Fotográfica ‘Brasília 1957: uma saga do século XX’
Horário: 11h às 17h
Local: corredor de acesso ao plenário da Câmara dos Deputados
Esquadrilha da Fumaça
Horário: 14h
Universidade do Circo
Espetáculo ‘Somos todos brasileiros’
Horário: 17h30
Local: Anexo à Biblioteca Nacional
Shows de música no Palco Principal
Horário: 15h à 0h50
Por ordem, se apresentam Bumba Meu Boi de Seu Teodoro, Zé Mulato e Cassiano e grupo de Catira, Grupo Feminino Batalá, Pára-lamas do Sucesso, Nando Reis, Daniela Mercury, Leonardo Neiva, Trio vocal Bravi Pop Opera, Indianna Nomma, Káthia Pinheiro e Kátia Almeida, Coro do Madrigal de Brasília, Zélia Duncan, Hamilton de Hollanda, Reco do Bandolim e Clube do Choro de Brasília, Renata Jambeiro, Banda Coisa Nossa, Banda Amor Maior, Dhi Ribeiro, Roberto Correia, Janette Dornellas, Banda Esquema Seis, Trio Siridó, Terminal Zero, Banda Matuskella, Grupo Viela 17, Renato Matos, Mel da Terra, Oficina Blues, Adriano Faquini, Banda In Natura (Kiko Perez, Izabella Rocha e Bruno Dourado), Banda Let It Be, Philipe Seabra, Plebe Rude, Oswaldo Montenegro, Raimundos e Milton Nascimento.
Show pirotécnico
Horário: 0h50
A História de Brasília -Parte 2
Instituto Geração Brasília
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