História Dinâmica

Não só de passado vive o homem, mas das ações presentes compartilhadas, com o olhar para frente, estimulando, participações sociais, integradas, teóricas e práticas, que incentivem a obtenção de mais resultados, tornando os indivíduos e as coletividades mais livres, porém com, mais dignidade, abertura de espaços e oportunidades para todos. É preciso que esta história seja, cada mais dinâmica, que especialmente vise, ainda mais, cuidar das prioridades, das boas ações, dos resultados, (os)as que são ligado(as), interligado(as), integrado(as),globalizado(as) e socializado(as), em redes, dentro de movimentos constantes de atuação.

Que todas as boas ações passem, a fazer parte dos estados permantes de evolução, mas com o foco nas melhorias contínuas, principalmente ao buscar, estimular e realizar ações, para resultados concretos, mediante metas de perspectivas crescentes, de desenvolvimento e inovação, para que o Brasil seja, cada vez mais, próspero e o mais justo possível, no futuro.

(Fonseca, M.C.da S.)

Farmacêutica-Bioquímica, Natural de Santos Dumont

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Diretora-Geral da UNESCO participa do III Fórum da Aliança de Civilizações no Rio de Janeiro

© UNESCO/Michel Ravassard
Sra. Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO



Irina Bokova participa de evento internacional, coordena debate sobre diversidade Cultural e sessão plenária sobre Educação, e faz visitas a projetos sociais no Brasil, Rio de Janeiro.



A Diretora-Geral da UNESCO Irina Bokova estará no Rio de Janeiro de 27 a 29 de maio para participar do III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, que acontece nesse período no espaço Vivo Rio, ao lado do Museu de Arte Moderna-MAM. Ao mesmo tempo e aprofundando o tema da construção de relações pacíficas entre as diferentes culturas no mundo contemporâneo, a diretora-geral participará de seminário sobre Diversidade Cultural, organizado pela UNESCO; de visita ao Espaço Criança Esperança no Cantagalo; conhecerá as instalações do futuro Centro Regional para a Formação em Gestão do Patrimônio/IPHAN, e comandará uma sessão plenária no Fórum Mundial sobre Educação e Cidadania Intercultural.

O III Fórum da Aliança de Civilizações é uma iniciativa das Nações Unidas, que conta com a parceria do governo brasileiro, para reunir países empenhados em repensar as formas como lidamos com as tensões entre as culturas. O tema da reunião do Rio é “Unindo as culturas, construindo a paz”.

A Aliança de Civilizações se propõe a discutir iniciativas que promovam a confiança e a compreensão entre as comunidades heterogêneas, e pretende apresentar, em sua reunião no Rio, propostas que têm o potencial de serem replicadas nos diferentes países do mundo.

Antes do início do III Fórum da Aliança de Civilizações, Irina Bokova terá uma ampla agenda de compromissos no Rio de Janeiro, todos relacionados aos temas do III Fórum Mundial. No dia 27/05 (quinta-feira), às 10h30, a diretora-geral conhecerá o Espaço Criança Esperança no Cantagalo, um projeto da TV Globo em parceria com a UNESCO. O Espaço Criança Esperança é um centro de referência para as políticas públicas onde se pratica o respeito à diversidade cultural por meio da oferta de cursos e atividades de cultura e esporte às crianças e jovens daquela comunidade.

Como parte da programação pré-Fórum e ainda no dia 27/05, das 14h30 às 16h, no MAM, será realizada mesa redonda sobre o Relatório Mundial “Investir na Diversidade Cultural e no Diálogo Intercultural” e presidida pela Diretora-Geral da Organização. O relatório foi produzido pela UNESCO, que traz conceitos inovadores além de aprofundar o debate sobre a diversidade cultural no momento em que a Convenção da Diversidade Cultural da UNESCO está perto de completar cinco anos de existência.

Além de Irina Bokova, participam da mesa redonda especialistas internacionais e uma especialista brasileira, Manuela Carneiro da Cunha, professora de Antropologia e Ciências Sociais da Universidade de Chicago. Os participantes internacionais são André Azoulay (Marrocos), presidente da Fundação Mediterrânea Anna Lindh para o Diálogo entre as Culturas; Magda Abul Fadhil (Líbano), diretora do Programa de Capacitação em Jornalismo da Universidade Americana em Beirute; Homi K. Bhabha (Índia), diretor do Centro Humanista da Universidade de Harvard (em vídeo-mensagem), e Olabiyi Yai (Benin), embaixador e delegado permanente do Benin na UNESCO e ex-presidente do Conselho Executivo da Organização.

Ainda na quinta-feira (27/05), às 18h30, a Diretora-Geral da UNESCO e o Ministro da Cultura Juca Ferreira participam de cerimônia de apresentação das instalações do futuro Centro Regional para a Formação em Gestão do Patrimônio - um centro denominado pela UNESCO como de Categoria II – no Palácio Gustavo Capanema, importante símbolo cultural do país. O Centro atenderá não apenas o Brasil, mas também gestores dos demais países da América Latina e de países de língua Portuguesa.

Após o evento, a diretora-geral e o ministro conversarão com a imprensa.

O dia 28/05 a Diretora-Geral da UNESCO participará da cerimônia de abertura do III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no VivoRio/MAM; da sessão plenária que acontece em seguida com o secretário-geral da ONU Ban-Ki Moon e chefes de Estado; e de almoço oficial com os chefes de delegações, seguido por reuniões com o ministro das Relações Exteriores do Brasil Celso Amorim e outros ministros de Estado.

No âmbito da programação oficial da Aliança de Civilizações, Irina Bokova coordenará a sessão plenária “Educação para uma Cidadania Intercultural”, previsto para acontecer às 11h de 29/05 (sábado). O objetivo é discutir as várias dimensões da cidadania cultural e seu impacto nas políticas de educação e sociais em todo o mundo.

Participarão do painel (algumas presenças ainda serão confirmadas): Sua Alteza Raja Nazrin Shah- Crown, Príncipe de Perak, Malásia; Cristóvam Buarque (Brasil), senador e ex-ministro da Educação; Adbulaziz Othman Altwaijri (Arábia Saudita), diretor-geral da ISESCO-Organização Islâmica Educacional, Científica e Cultural; Lynn Davis (Reino Unido), professor de Educação Internacional da Universidade de Birmingham, e Simon Willis (Austrália), vice-presidente do Grupo de Soluções de Negócios em Internet Cisco.

Ainda no dia 29/05, Irina Bokova participará de almoço-reunião com os integrantes da Associação de Empreendedores Amigos da UNESCO, entidade presidida pelo publicitário Nizan Guanaes que reúne empresários brasileiros com preocupações sociais de diferentes setores que apóiam e difundem ações da UNESCO no Brasil. O almoço será oferecido pelo vice-presidente da entidade Oskar Metsavaht.


28 de maio de 2010
III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações

Evento que tem como tema 'Interligando Culturas, Construindo a Paz' será realizado de 27 a 29 de maio

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, na qualidade de presidente do Comitê do Patrimônio Cultural Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), participa nesta sexta-feira, 28 de maio, do III Forúm da Aliança de Civilizações das Nações Unidas.

O evento - que tem como tema Interligando as Culturas, Construindo a Paz e é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) - está sendo realizado de 27 a 29 de maio, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAMRio), no Parque do Flamengo.

O encontro contará com a presença de autoridades internacionais, líderes políticos e empresariais, representantes da sociedade civil, de comunidades religiosas, de centros de pesquisa e fundações, além de grupos de jovens e jornalistas para discutir ações conjuntas para melhorar as relações entre as culturas, combater preconceitos e construir uma paz duradoura.

Os participantes debaterão, dentre outros temas, sobre o desafio de promover a integração em sociedades multiculturais, as influências centrípetas e centrífugas da globalização no sentimento de pertencimento e de identidade, o impacto dos meios de comunicação sobre a percepção de outras culturas.

Durante os três dias do encontro, com diversas sessões temáticas de trabalho, debates e palestras, serão apresentados planos nacionais e estratégias regionais, vinculando projetos inovadores entre as regiões, com o objetivo de propor novas políticas públicas para envolver todas as comunidades.

Aliança de Civilizações

No âmbito das Nações Unidas, a Aliança de Civilizações é uma iniciativa que busca mobilizar a opinião pública em todo o mundo para superar preconceitos e percepções equivocadas que, muitas vezes, levam a conflitos entre Estados e comunidades heterogêneas.

Contribui para o estreitamento das relações entre sociedades e comunidades de origens cultural e religiosa diversas, assim como enquadra a luta contra o extremismo na perspectiva da prevenção. A atuação se dá em quatro áreas prioritárias: educação, juventude, meios de comunicação e migrações.

Outras informações: www.aliancadecivilizacoes.mre.gov.br/pt-br e www.unaoc.org/rioforum.


Acesse os diversos vídeos sobre a III Forum da Aliança das Civilizações:

Lula no III Fórum da Aliança das Civilizações

III Forum da Aliança das Civilizações

Blog do Planalto

Uma aliança de civilizações entre Brasil e Turquia

Teatro municipal do Rio é reinaugurado nesta quinta 27/05/2010

27/05/2010 - 10:42


O Theatro Municipal do Rio de Janeiro será reinaugurado oficialmente na noite desta quinta-feira (27) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após dois anos e meio de obras. No evento de reestreia, que será aberto só para convidados, haverá a montagem da ópera Il Trovatore, de Verdi. Com direção de Bia Lessa, a obra em quatro atos será conduzida pela batuta de Silvio Viegas, à frente da Orquestra Sinfônica e do Coro do Theatro Municipal.

O aspecto tradicional do local é tão grande que seu nome oficialmente ainda é escrito como nos tempos de sua fundação, ou seja, Theatro Municipal. Além da participação dos cem integrantes do coro, estarão no palco 80 atores, incluindo os solistas convidados: a soprano italiana Chiara Taigi, que interpretará Leonora, revezando-se com a brasileira Laura de Souza; o tenor coreano Alfred Kim e o brasileiro Juremir Vieira, no papel de Manrico; as mezzo soprano russas Anna Smirnova e Oxana Kornievskaya, que se revezarão como Azucena; os barítonos brasileiros Rodrigo Esteves e Manuel Alvarez, no papel do Conde de Luna; a mezzo soprano brasileira Luciana Costa e Silva como Inez; o baixo brasileiro Luiz Ottavio Faria, como Ferrando, e o tenor ucraniano Georgy Gayvoronsky interpretando Ruiz.

A obras do teatro, que mobilizaram órgãos públicos e corporações, contaram com 950 profissionais, incluindo 350 restauradores. Todo o processo de trabalho aconteceu em ateliês montados no próprio teatro. Segundo a presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati, reabrir a casa é, para ela, uma grande emoção.

- É muito emoção, é lindo. As pinturas estão restauradas, o palco foi modernizado. Tivemos o apoio do Iphan e do Inepac, eles cuidaram de todos os procedimentos exatamente para não haver nenhum erro. Montamos dentro do teatro ateliês de restauro. Nós aprovávamos os procedimentos já realizados e o que seria feito também, exatamente para não fazer e refazer. As tinturas estavam todas deterioradas.
De acordo com Carla, a restauração do local era fundamental. Não havia mais como postergar o reparo de pinturas, telhados, forros e tetos centenários.

- Quando cheguei para trabalhar como presidente da fundação, convidada pelo governador Sérgio Cabral e pela secretária de Cultura, Adriana Rattes, houve uma grande chuva e metade do foyer do balcão nobre, com todos os ornados e sancas de gesso despencaram. Eu tive que chamar a Defesa Civil, levei um susto.

Acessibilidade

Além de grandes reparos, o Theatro Municipal reabrirá com um elevador para deficientes físicos. A acessibilidade foi uma solicitação do governador. Por uma questão de arquitetura quem usa cadeira de rodas poderá ir apenas até a plateia. Outros níveis como a arquibancada não poderão receber o equipamento.

- Desde que eu assumi, o problema da acessibilidade nos preocupava muito. Compramos uma cadeira italiana especial, que sobe as escadas do teatro. E agora, no nosso projeto, tem elevador para cadeirante. Só conseguimos dar acesso até a plateia, nos outros níveis não há como levar uma cadeira de rodas por conta da estrutura mesmo.

Histórico

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi inaugurado em 14 de julho de 1909 pelo presidente Nilo Peçanha. Na época, tinha capacidade para 1.739 pessoas.

Em 1934, a capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. A obra, apesar de sua complexidade, foi realizada em três meses, tempo recorde para a época. Posteriormente, com algumas modificações, chegou-se ao número atual de 2.361 lugares.


Lula participa da reinauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Agência Brasil
Publicação: 27/05/2010 21:47

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da cerimônia de reabertura do Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite de hoje (27). Também são esperados para a cerimônia, o presidente do Senado, José Sarney, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, o governador do estado, Sérgio Cabral, o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, além de ministros de estado.

Depois da reforma de dois anos, o teatro abre as portas com apresentação do Hino Nacional, interpretado pelo coro e pela orquestra sinfônica do teatro, sob regência do maestro Roberto Minczuk. A noite seguirá com trecho da ópera de Carlos Gomes, Lo Schiavo e a apresentação da bailarina Ana Botafogo.

A reforma da casa de espetáculo começou em janeiro de 2008, com a descupinização do prédio histórico, projetado com influências da Ópera de Paris e com a reforma do telhado. Foram restauradas ainda 38 pinturas, dentre as quais, peças do pintor Eliseo Visconti e do decorador Rodolpho Bernardelli.

A reforma custou R$ 75,4 milhões e foi realizada por governos, em parceria com empresas privadas. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) acompanhou o trabalho.

Acesse vídeos diversos sobre reInauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro :
Ministério da Cultura – Theatro Municipal do Rio de Janeiro é Reinaugurado

Reinaguração do Theatro Municipal do RJ

A história reconhecerá aqueles que investiram na recuperação do Theatro Municipal

A história-Fundação Teatro do Rio de Janeiro

O novo teatro municipal do Rio de Janeiro

Theatro Municipal do Rio é reaberto depois de longo período de reforma

Teatro Municipal do Rio de Janeiro é reinaugurado

THEATRO MUNICIPAL RIO DE JANEIRO Reinauguração. Reportagens RJ TV e Jornal do Rio Band

RJ: com reinauguração,Theatro Municipal vira oásis no centro

LULA - É reinaugurado o Teatro Municipal do Rio

Teatro Municipal do Rio é reinaugurado

Theatro Municipal do Rio reabre depois de longa reforma

22/05/2010 - Fachada reformada se destaca no Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Theatro Municipal Video

Darth Vader e a Orquestra Sinfônica Brasileira

Maria Bethânia e Renata Sorrah no Teatro Municipal do RJ

Theatro Municipal do Rio de Janeiro realiza evento oficial de reinauguração

Carlos Gomes

Ópera Lo Schiavo de Carlos Gomes


Municipal comemora reabertura com festa para convidados
28/5/2010 - 9h31
Por Julia de Brito

Quem entrava no novo Theatro Municipal para assistir à sua reinauguração oficial, não se envergonhava de ‘sacar’ a máquina fotográfica para registrar o belo restauro da casa centenária. Em obra por dois anos e meio, sob os cuidados de 950 operários, entre eles, 350 restauradores, o palácio recebeu, na noite desta quinta-feira, para uma grande festa, autoridades e artistas como o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara, Michel Temmer, o cartunista Ziraldo, entre muitos outros admiradores. O evento de reabertura do palácio, inaugurado em 1909, contou com apresentações da Orquestra Sinfônica, do pianista Nelson Freire, da bailarina Ana Botafogo, e de cantores de ópera como Chiara Taigi e Alfred Kim.

- Este é mais um degrau na autoestima do Rio de Janeiro. Nosso povo tem que se respeitar cada vez mais. Viva o Rio, viva o Theatro Municipal – disse Cabral, ao agradecer, em seu discurso, aos que se dedicaram à revitalização do teatro como a presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati, e o ministro da Cultura, Juca de Oliveira.

- Chamei os operários da obra para um café da manhã e disse a eles que não podíamos deixar o teatro daquela maneira. Mais uma vez, depois da reforma do Maracanã para os Jogos Pan-americanos, o presidente Lula apareceu como nosso parceiro. Quero agradecer imensamente – acrescentou.

Luís Inácio Lula da Silva falou sobre o orgulho de ser carioca, brincando que em todos os estados brasileiros a admiração pelo Rio é mais do que comprovada:

- Todo brasileiro é um pouco carioca. Uma casa como esta é um orgulho para os cariocas, os de Pernambuco, de Minas, de Brasília. Vocês restauraram um patrimônio cultural que não tem preço. O preço é o orgulho, a autoestima. O Theatro Municipal voltou a ser uma casa extraordinariamente bonita como qualquer casa de qualquer outro país. Infelizmente, além do Rio de Janeiro ter perdido o privilégio de ser capital, sofreu um processo de degradação e de desrespeito – disse.

Espetáculo da noite

A partitura original do Hino Nacional brasileiro foi tocada pela Orquestra Sinfônica e pelo Coro do Theatro Municipal sob a regência do Maestro Roberto Minczuk. Em seguida, foi apresentado um trecho da Alvorada, ópera Lo Schiavo de Carlos Gomes, também com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, desta vez sob a regência do Maestro Silvio Viegas.

A Lenda do Caboclo, de Heitor Villa-Lobos e Barcarola op. 60 de Frédéric Chopin foram tocadas pelo pianista Nelson Freire. O público presente assistiu em seguida ao balé Something Special (coreografia de Dalal Achcar), com os bailarinos Ana Botafogo e Andrea Volpintesta acompanhados pelo pianista Arthur Moreira Lima. Por fim, os espectadores puderam assistir a seleções da ópera O Trovador, de Giuseppe Verdi, com a Orquestra Sinfônica e o Coro do Theatro Municipal com a participação de alguns solistas, entre eles, a soprano italiana Chiara Taigi e o tenor coreano Alfred Kim.

Programação de sábado

No dia 29 de maio, o Municipal comemora a plena reabertura de suas dependências para o público com a montagem da ópera Il Trovatore, de Verdi. Com direção de Bia Lessa, a obra em quatro atos será conduzida pelo maestro Silvio Viegas, à frente da Orquestra Sinfônica e do Coro do Theatro Municipal.

Na ópera Il Trovatore, além da participação de todos os 100 integrantes do Coro, estarão no palco 80 atores, incluindo os solistas convidados: a soprano italiana Chiara Taigi, que interpretará Leonora, revezando-se com a brasileira Laura de Souza; o tenor coreano Alfred Kim e o brasileiro Juremir Vieira, no papel de Manrico; as mezzo soprano russas Anna Smirnova e Oxana Kornievskaya, que se revezarão como Azucena; os barítonos brasileiros Rodrigo Esteves e Manuel Alvarez, no papel do Conde de Luna; a mezzo soprano brasileira Luciana Costa e Silva como Inez; o baixo brasileiro Luiz Ottavio Faria, como Ferrando, e o tenor ucraniano Georgy Gayvoronsky interpretando Ruiz.

Detalhes da obra

“Que sorte benévola”. A frase do poeta Olavo Bilac dita pela atriz e apresentadora Marieta Severo na reabertura oficial do Theatro Municipal desta quinta-feira resume bem o que os convidados seletos da festa de reinauguração sentiram ao ver o espaço centenário revitalizado. Em obra por dois anos e meio, sob o cuidado minucioso de 950 operários, entre eles 350 restauradores, o palácio recebeu mais de 5 mil lâmpadas novas, 219 mil folhas de ouro, e 1.587 luminárias.

As fotos do evento você poderá acessar na fonte desta matéria.


Comemoração do Centenário

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Na celebração de seu aniversário de 100 anos - dia 14 de julho - o mais importante teatro do Rio de Janeiro brinda o público com um dia de dança e música


Inaugurado em 1909 para ser o maior teatro e palco principal da intensa atividade lírica e teatral que movimentava o panorama cultural da então capital do país, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro chega em 2009 ao seu aniversário de 100 anos.

Fechado desde outubro de 2008 para obras de restauração e modernização, que serão encerradas em novembro deste ano, quando o teatro reabrirá suas portas para o grande público, a data, no entanto, não passará despercebida: será comemorada com um dia de muita dança e música num grande palco armado na Cinelândia, em frente ao Theatro Municipal, e com uma grande exposição, que lembrará os principais momentos da casa, montada no interior do prédio, em espaços não afetados pela obra.

Patrocinada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Estado de Cultura, a celebração do centenário do Theatro Municipal começará pela manhã, quando o público terá acesso a seu interior para ver a exposição que reúne fotos de seus grandes momento, além de documentos, programas e gravações. Às 14 horas começam as apresentações da Orquestra Sinfônica, Coro e o Ballet do Theatro Municipal, que apresentarão um extenso programa para celebrar a data junto com o público carioca.

As principais estrelas do Corpo de Baile do Theatro Municipal estarão presentes, incluindo a bailarina Ana Botafogo. A programação escolhida terá trechos de “Floresta Amazônica”, “O Corsário” e “Coppelia”. Com a presença de dois importantes nomes da música lírica internacional, o tenor argentino Marcelo Álvarez e a soprano coreana Sumi Jo, o Coro e a Orquestra Sinfônica do Theatro interpretarão um repertório franco-brasileiro, em um grande concerto às 20 horas, com regência do maestro Roberto Minczuk. O programa remete às origens do Theatro, nascido no florescer da república brasileira e inaugurado no dia da celebração da queda da Bastilha, e é, ainda, uma homenagem ao ano da França no Brasil, que se comemora este ano.

“Cultura é um instrumento fundamental de emancipação do povo. E o Theatro Municipal é uma jóia da coroa do Rio de Janeiro. Comemorar o seu centenário é comemorar história e emancipação com o prazer que o Theatro gera ao nosso povo", festeja o governador Sérgio Cabral.

“O Theatro Municipal é um pilar da cultura brasileira, e poder comemorar seu centenário com uma reforma histórica, que o devolverá a seu viço original, é também uma forma de homenagear o trabalho de todos os artistas que trabalharam ou trabalharão no teatro e de presentear o público do Rio de Janeiro”, celebra a Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes.

“É uma honra e um presente estar à frente do Theatro num momento tão importante de sua história, conduzindo uma obra que vai devolver ao Municipal toda a nobreza que ele tem e que merece ter intacta. É muito bom poder estar ao lado da equipe bárbara que tenho aqui, essencial para que eu possa executar tarefas tão importantes, não só na parte da programação, mas como todo o trabalho de restauro, que é uma obra muito delicada. É um orgulho estar aqui neste Centenário. Agradeço à secretária Adriana Rattes e ao governador Sergio Cabral por terem entregue a jóia da coroa em minhas mãos”, diz, emocionada, a presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati.

“Será um concerto muito festivo, que reflete as fortes relações culturais entre Brasil e França, Rio de Janeiro e Paris. O público ouvirá peças conhecidas e terá surpresas musicais, além da presença de solistas aclamados nos grandes concertos de todo o mundo, incluindo Marcelo, que se apresenta pela primeira vez no Brasil”, comenta Minczuk.

A celebração do centenário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro inclui, ainda,os lançamentos de uma moeda e um selo comemorativos da data. Diversos funcionários da casa serão homenageados por serviços prestados.A cerimônia terá a presença dos atores Sergio Britto e Fernando Eiras.

Esta é a quarta grande reforma do Theatro Municipal desde a sua fundação há um século. Em 1934 a primeira obra mudou a cara da sala de espetáculo, que foi ampliada. Na década de 70, ele sofreu sua primeira restauração, reabrindo em 79 com a proibição dos bailes de carnaval, que até então aconteciam no local. Na década de 80 aconteceu a terceira reforma.

Agora, o teatro passa não só por uma reforma em sua parte estrutural (hidráulica, elétrica, etc) como também por uma grande modernização. Aos 100 anos, o Theatro Municipal reabre para o público no final do ano mantendo todo o seu charme centenário, mas com um atendimento ao público e aos artistas digno de um teatro do século XXI.

A Exposição - De Portas Abertas

O tradicional dia do “Municipal de Portas Abertas” acontecerá, mesmo com o prédio em obras. Logo pela manhã do dia 14 de julho, o público poderá entrar no prédio para apreciar uma exposição montada em meio aos trabalhos de restauração.

A história do Theatro Municipal será contada desde o projeto de sua criação, no início da década de 1900, até os dias atuais, por meio de um grande acervo de fotos digitalizadas. A exposição reúne cerca de 1000 fotos, além de vídeos, e é dividida em seis diferentes partes: os artistas célebres que passaram pelo palco da casa; os grandes espetáculos e eventos que fizeram parte da programação do Municipal; documentos interessantes que contam a história da casa, como plantas, croquis e programas; imagens da construção do prédio; detalhes de peças decorativas, como as estátuas, vitrais e afrescos que se espalham pelo Municipal; e as personalidades que passaram por lá.

São imagens de artistas da música, da dança e das artes cênicas, nomes como Enrico Caruso, Arthur Rubinstein, Toscanini, Nijinsky e Fernanda Montenegro, brilhando no palco do teatro, ou personalidades como os presidentes Getúlio Vargas e JK, os compositores Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o escritor Manuel Bandeira e o arquiteto Oscar Niemeyer, ocupando a platéia, os camarotes e as coxias do Municipal.

Ao mesmo tempo serão ouvidas grandes vozes líricas, como, por exemplo, as de Maria Callas, Renata Tebaldi e Mario del Mônaco, interpretando árias famosas gravadas ao vivo pela rádio MEC, durante apresentações no próprio Theatro Municipal, nos anos 40 e 50. Todo o material está sendo digitalizado para a exposição, que inclui também documentos e programas de espetáculos, provenientes de acervos particulares, do Centro de Documentação do próprio Theatro Municipal e de instituições como O Museu da Imagem e do Som, a Fundação Getulio Vargas, o Instituto Moreira Salles e a Biblioteca Nacional.

Além disso, o público terá contato com estudos em bronze das esculturas em alvenaria de Rodolfo Bernardelli, que ficam nas partes altas exteriores do Theatro, representando as artes. Um detalhe importante é que a exposição só poderá ser vista no dia 14 de julho.

Um show de dança com o Ballet do Theatro Municipal

Os bailarinos do Corpo de Baile do Municipal serão os primeiros a ocupar o grande palco que já está sendo montado na Cinelândia, em frente ao Theatro.

A partir das 14 horas eles apresentarão trechos de vários balés consagrados. Os principais bailarinos da companhia, como Claudia Mota, Karina Dias, Márcia Jacqueline, Nora Esteves, Filipe Moreira e Cícero Gomes, estarão em cena.

A programação será aberta com uma apresentação de 35 alunas da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, que apresentarão “La Valse”, do coreógrafo francês Eric Frederic, sobre música de Ravel. Logo depois, Karina Dias e Rodrigo Negri dançam o pas-de-deux de Coppelia, Nora Esteves e Paulo Ricardo dançam Cantabile, Márcia Jaqueline e Cícero Gomes apresentam o pas-de-deux de O Corsário e Claudia Mota e Filipe Moreira encabeçam o grande elenco da companhia em Valsa das Flores, com coreografia de Dalal Achcar.

Dentro do concerto especial que acontece às 20 horas, o público assistirá mais dois números de dança. Neste programa da noite, Ana Botafogo e Francisco Timbó dançam um trecho de Floresta Amazônica, com coreografia de Dalal Achcar; e para encerrar será vista a peça Grand Finale, também coreografada por Dalal Achcar, reunindo no palco Ana Botafogo, Cláudia Mota, Márcia Jaqueline, Francisco Timbó, Filipe Moreira, Cícero Gomes e o Corpo de Baile.

Durante as apresentações, os bailarinos serão acompanhados pela orquestra e pelo coro do Theatro Municipal e pela cantora Sumi Jo, interpretando “Canção de Amor” de Villa-Lobos, na apresentação de Floresta Amazônica.

Um grande Concerto

Às 20 horas, terá início o grande concerto da noite, com a Orquestra do Theatro Municipal regida por Roberto Minczuk, e a participação do Coro do Theatro e dos cantores líricos Marcelo Álvarez e Sumi Jo.

O programa da noite inclui o Hino Nacional Brasileiro; “Maracatu de Chico Rei” – Francisco Mignone; “Je veux vivre”, Romeo et Juliet – Charles Gounod; “Pourquoi me Réveiller”, Werther – Jules Massenet; “Vive La France!, La Fille do Régiment” – Gaetano Donizetti; “Quando Nascesti Tu”, Lo Schiavo – Carlos Gomes; "Aspra, Crudel" Il Guarani – Carlos Gomes; "Abertura", Carmen – Georges Bizet; “Les Voici!”, Carmen – Georges Bizet; “Floresta Amazônica - Tarde Azul” (Pas de Deux); “Fête Polonaise - Grand Finale”; "Bolero" – Maurice Ravel; e "La Marseillaise" – orquestração de Hector Berlioz.

O tenor argentino Marcelo Álvarez é reconhecido como um dos principais nomes da música lírica na atualidade. Nascido na cidade de Córdoba, ele deixou seu país natal em 1994 e se mudou para a Itália, onde debutou profissionalmente em 1995 no Teatro La Fenice, em Veneza. Desde então é figura requisitada em todos os principais palcos do mundo, interpretando diversos papéis de destaque. Lançou quatro CDs pela Sony, um deles dedicado ao tango de Carlos Gardel, e é hoje um dos principais artistas do conceituado selo Deca, que lançou seu último disco em fevereiro deste ano.

Este ano, Álvarez abriu a temporada 2009 / 2010 do Metropolitan Opera, em Nova Iorque, em uma nova produção de “Tosca”, dirigida por Luc Bondy e regida por James Levine.

Nascida em Seul, na Korea, a soprano Sumi Jo é reconhecida hoje como uma das mais destacadas cantoras da atualidade, especialmente pela agilidade, precisão e calor da sua voz e por sua excepcional musicalidade. Desde sua estreia profissional, acompanhada da Korean Broadcasting Company Orchestra, Sumi Jo ganhou o mundo, já tendo se apresentado em todo o planeta – do Metropolitan Opera, em Nova Iorque, ao Opera House, em Sidney; do Colon, em Buenos Aires, ao Scalla de Milão. Fez uma turnê pela Ásia, ao lado de Andréa Bocelli, apresentou-se em Barcelona com José Carreras, participou da abertura das Olimpíadas de Pequim, e já gravou mais de 50 discos. Em 2003 recebeu da Unesco o título de “Artista da Paz”.

Theatro Municipal: Uma breve história

No final do século XIX os dois maiores teatros do Rio de Janeiro, o São Pedro e o Lírico, eram criticados por suas instalações, pelo público que o frequentava, e pelas companhias que neles atuavam. Em 1894, o autor teatral Arthur Azevedo lançou uma campanha para que um teatro fosse construído para sediar uma companhia municipal, a ser criada nos moldes da Comédie Française. Mas a campanha resultou apenas em uma Lei Municipal, que determinou a construção do Theatro Municipal.

A lei, no entanto, não foi cumprida, apesar da criação de uma taxa para financiar a obra. A arrecadação desse novo imposto nunca foi utilizada para a construção do Theatro Municipal.

Somente em 1903 o prefeito Pereira Passos, nomeado pelo presidente Rodrigues Alves, retomou a ideia e, a 15 de outubro de 1903, lançou um edital com um concurso para a apresentação de projetos para a construção do Theatro Municipal.

Encerrado o prazo do concurso, em março de 1904, foram recebidos sete projetos. Os dois primeiros colocados ficaram empatados: “Áquila”, pseudônimo do projeto do engenheiro Francisco de Oliveira Passos, e “Isadora”, pseudônimo do projeto do arquiteto francês Albert Guilbert, vice-presidente da Associação dos Arquitetos Franceses.

O resultado deste concurso foi motivo para uma longa polêmica na Câmara Municipal, acompanhada pelos principais jornais da época, em torno da verdadeira autoria do projeto de“Áquila” - que se dizia feito pela seção de arquitetura da Prefeitura – e do suposto favoritismo de Oliveira Passos, pelo fato de ser filho do prefeito, entre outros argumentos.

Como decisão final, optou-se pela fusão dos dois projetos. E, depois de feitas algumas alterações, a 2 de janeiro de 1905 o prédio começou a ser erguido, com a colocação da primeira das 1.180 estacas de madeira de lei sobre as quais se assenta o edifício. Para decorar o edifício foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para fazer vitrais e mosaicos.

Finalmente, quatro anos e meio mais tarde, um tempo recorde para uma obra dessa envergadura – que requereu o revezamento de 280 operários em dois turnos de trabalho – no dia 14 de julho de 1909 foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com capacidade para 1.739 espectadores. Serzedelo Correa era o prefeito da cidade.

Em 1934, ao se constatar que o teatro estava pequeno para o tamanho da população da cidade, que havia crescido muito, a capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. A obra, apesar de sua complexidade, foi realizada em três meses, outro recorde para a época. Posteriormente, com algumas modificações, chegou-se ao número atual de 2.361 lugares.

A 19 de outubro de 1975, o Theatro Municipal foi fechado para obras de restauração e modernização de suas instalações e reaberto em 15 de março de 1978. No mesmo ano foi criada a Central Técnica de Produção, responsável por toda a execução dos espetáculos da casa.

Em 1996, iniciou-se a construção do Edifício Anexo, para desafogar o teatro dos ensaios para os espetáculos, que, com a atividade intensa da programação durante todo o ano, ficou pequeno para eles e, também, para abrigar condignamente os corpos artísticos. Com a inauguração do prédio, o Coro, a Orquestra e o Ballet ganharam novas salas de ensaio e bastante espaço para suas práticas artísticas.

Em 2008, com o patrocínio dos Grandes Patronos (Petrobras, BNDES, Eletrobrás e Rede Globo de Televisão); Patronos Ouro (Embratel e Vale); e dos Co-Patrocinadores (Bradesco Seguro e Previdência e MetrôRio) tornou-se possível iniciar a obra de restauração e modernização para o centenário do Theatro, contemplando o monumento com a restauração do telhado, da arquitetura externa e interna e da modernização das instalações prediais.

Clique no link abaixo e assista ao vídeo de divulgação 100 anos do Theatro Municipal:


Divulgação dos 100 anos do Theatro Municipal
Fonte: Secretaria da Cultura do Governo do RJ
Autor: Sandra Menezes
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte

4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia

Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia é lançada em Brasília

Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes

Sexta, 06 de Novembro de 2009 17:03

Mudanças climáticas, energia e educação científica estão entre os principais temas da 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia (4ª CNCTI), que acontece nos dias 26 a 28 de maio de 2010, em Brasília. Lançado esta semana pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, o evento tem o objetivo de analisar os resultados do Plano de Ação 2007/2010: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional e encaminhar sugestões para a consolidação de uma política de estado para o setor orientada para o desenvolvimento sustentável.

Intitulada Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação com vista ao Desenvolvimento Sustentável, a 4ª Conferência terá suas discussões norteadas pelas linhas de ação do Plano de Ação; inovação na sociedade e nas empresas; e pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas estratégicas; ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social.

A título de preparação, serão realizados seminários temáticos em novembro e dezembro de 2009. Além desses encontros, conferências regionais também estão programadas até março de 2010. O objetivo é coletar em todas as regiões sugestões e críticas para compor a programação da 4ª CNCTI.

Realizada desde 1985, a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia foi instituída para discutir com a sociedade as políticas para a área. No mesmo ano, foi criado o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Em 2001, a 2ª CNCT foi marcada pela incorporação da inovação nas políticas públicas do setor. No terceiro evento, realizado em 2005, a palavra inovação, já incorporada ao nome da conferência, pautou as discussões em temas voltados à questões regionais como Amazônia e Semi-Árido, além de analisar o andamento dos novos mecanismos de apoio ao setor, como a Lei de Inovação e a Lei do Bem.


Fonte: http://www.capes.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/36-noticias/3321-conferencia-nacional-de-ciencia-e-tecnologia-e-lancada-em-brasilia

Institucionalizar a inovação ainda é desafio para o País

Qua, 26 de Maio de 2010 16:59

A produção científica do Brasil tem crescido acima da média mundial, o País também passou a formar mais doutores e mestres, mas a inovação ainda é um desafio a ser alcançado por toda a sociedade. O caminho a ser seguido deve estar apoiado na articulação e na coordenação entre governos e diversos atores envolvidos para alcançar competitividade internacional e atender as demandas da sociedade.

A questão pontuou as discussões no painel “Institucionalidade: Visão Sistêmica e Integrada para a Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), hoje (26), em uma das sessões paralelas da 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia ( 4ªCNCTI), em Brasília.

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (SETEC/MCT), Ronaldo Mota, coordenador do debate, ressaltou, na abertura, a importância de se discutir a institucionalidade sobre vários pontos de vista, tendo como base fundamental um Plano de Ações Plurianuais, Instituições reguladoras, a consolidação de um sistema nacional, marcos regulatórios e a conexão entre Ciência Tecnologia e Inovação, entre outros.



Competência tecnológica é a chave do sucesso empresarial”, diz representante da Petrobrás


Qui, 27 de Maio de 2010 14:09

A inovação como fator importante para a geração de renda e aumento dos lucros empresariais foi discutida hoje (27), segundo dia da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), em Brasília.

O gerente-executivo do Centro de Pesquisa da Petróleo Brasil (Petrobras), Carlos Tadeu Fraga, disse que a competência tecnológica é a chave do sucesso empresarial. De acordo com ele, um grande exemplo é a Petrobras, empresa mais inovadora no mundo nas áreas de óleo e gás. Para Fraga, é fundamental a integração entre empresas, governo e institutos de pesquisa.

O presidente da Siemens Brasil, Adilson Antonio Primo, também participou dos debates. Ele defende melhores políticas de comércio exterior para alcançar a internacionalização das empresas, proporcionando capacidade de competir mundialmente. ”Precisamos criar mecanismos para melhorar o contato entre empresas e governo”, disse.

Na visão do professor Carlos Américo Pacheco, da Universidade de Campinas (Unicamp), são necessários marcos regulatórios que estimulem a inovação. Para ele, ainda é precária a cultura de inovação no meio privado. “A capacidade de competir das empresas depende de sua capacidade de inovar”, disse Pacheco.O professor explicou que a inovação é um fenômeno econômico definido pela concorrência do mercado.

Há um consenso entre os representantes do setor empresarial da importância da inovação para o crescimento da economia no mundo. Eles anunciaram o compromisso de, em 4 anos, dobrarem o número de empresas que adotam políticas inovadoras.

A 4ª CNC TI termina amanhã (28) e reúne sociedade civil, comunidade científica, empresários e governos estaduais, municipais e federal. O objetivo é formular uma proposta para o Plano Nacional de Ciência e Tecnologia para os próximos dez anos.



Acesse Cobertura do Evento da 4CNCI e acompanhe em Brasília

http://www.cgee.org.br/cncti4/

http://www.cgee.org.br/cncti4/index.php?option=com_hdflvplayer&view=player&layout=playerlayout&Itemid=115

O espírito da lei

Enviado por Paulo Delgado - Brasília
18.5.2010
ARTIGO

Hoje, 18 de maio é o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data que comemora em todo o país, o trabalho de todos aqueles que querem uma sociedade sem exclusão, interdição, preconceito e desrespeito às pessoas que padecem de sofrimento mental. Foram eles que impulsionaram o debate dessa questão que culminou em 6 de abril de 2001 com a aprovação da Lei 10.216 de minha autoria que “Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental”.

Cuidado: substantivo, adjetivo ou interjeição é zelo dos preocupados, dedicação,proteção. Atenção, tomar conta, acolher. Cuidado é o princípio que norteia essa lei. Evoluir a clínica, fazer do intratável o tratável. É essencial o apoio social e familiar que influencie comportamentos, mude hábitos, confronte preconceitos. Dedicada a cidadãos enfermos vistos como sem vontade, não é a doença mental que a lei questiona, mas a maneira de tratá-la.

A sociedade faz-se progressista na área de saúde por atitudes, mais do que por atos e quando aceita inscrever o doente mental na história da saúde pública. A doença mental não é contagiosa, dispensa isolamento. É o avanço da medicina que permite a reinserção social, restitui o indivíduo, sua alma e desejos, ao mundo dos vivos livrando-o do ambiente carceral.

Acolhimento,tratamento precoce melhoram o acompanhamento da doença. Agir antes do surto para não ferir. Sintomas físicos, queixas, mal-estar, sempre foram indícios de várias enfermidades. Estar atento à escuta geral dos sintomas – embrulho dos orgãos, ruídos da adolescência, álcool, droga, conflito de gerações, esquisitices, vazio existencial, impaciência com o diferente. A doença não é um fracasso nem produz estatuto de exilado. A internação é uma parte do tratamento, mas não seu sinônimo e o conceito de leito, nesse caso, não se harmoniza com a terapia adequada. A internação como privação da liberdade, monoterapia, só prevalece em serviços despreparados.

Enfim, todos os doentes são beneficiários do ambiente jurídico oriundo da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão.

“Se eu soubesse de alguma coisa útil à minha nação que fosse danosa a uma outra, eu não a proporia, porque sou homem antes de ser nacional ou ainda porque sou necessariamente homem, não sendo nacional senão por acaso. Se soubesse de alguma coisa que me fosse útil e prejudicial à minha família, meu espírito a rejeitaria. Se soubesse que alguma coisa que fosse útil à minha família e que não o fosse à minha pátria, buscaria esquecê-la. Se soubesse de alguma coisa que fosse útil à minha pátria e que fosse prejudicial ao meu continente ou que fosse útil ao meu continente e prejudicial ao gênero humano, eu a veria como um crime”. É de Montesquieu o espírito da lei.

Paulo Delgado é Deputado Federal pelo PT-MG desde a Constituinte


Entrevista com Paulo Delgado: “O profissional de saúde deve estar perto do paciente”
03/06/2009


O ex-deputado, sociólogo e docente da UFJF, Paulo Delgado, fez a palestra de encerramento da Semana de Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá (FESJF), a convite dos professores, coordenadores e organizadores do evento. Falando sobre o tema “Reforma Psiquiátrica”, assunto que domina e estuda há anos, Paulo mostrou a importância do tratamento psiquiátrico fora do hospital, questão definida pela Lei 10.216, de sua autoria, que assegura direitos ao paciente com transtorno mental. O sociólogo comentou ainda as mudanças que ocorreram e o que ainda precisa mudar no tratamento psiquiátrico: “O velho não predomina, mas o novo ainda não domina”. Ao final da palestra, a banda “Os impacientes”, formada por pacientes psiquiátricos do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), realizou uma apresentação para os presentes. A banda, que foi aplaudida de pé, interpretou músicas próprias e “Maluco beleza”, de Raul Seixas.


Grupo "Os impacientes", grupo de professores de Enfermagem com Márcia Mota e Paulo Delgado, e Paulo Delgado.


Agência Experimental de Jornalismo: Após a aprovação da lei, o que realmente mudou no tratamento psiquiátrico no Brasil?

Paulo Delgado – Primeiramente, a possibilidade de que os pacientes internados possam ter um novo modelo de atenção ao seu problema. E a idéia de que a psiquiatria sozinha não resolve os problemas: é preciso medicação, mas é preciso, principalmente, o acolhimento e a inserção social do paciente.

Acredita que a lei está vencendo o preconceito contra o portador de transtorno mental ou ele ainda é forte na sociedade brasileira?
É muito forte. Entre os doentes, (o paciente de transtorno mental) é a maior vítima de preconceito. Então é preciso que essa lei seja aplicada também pelo lado dos direitos humanos. Todos que sofrem têm direito de ser respeitados no seu tratamento.

Como está a implantação de hospitais-dia e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no país?
Hoje, os CAPS já passam de mil em todo o Brasil (para uma lei que existe há apenas oito anos...). E já há um número grande de hospitais-dia também. Mas é preciso ter a enfermaria psiquiátrica nos hospitais gerais, e é preciso ter atenção aos postos de saúde. O profissional de saúde deve estar perto do paciente. Quanto mais perto do paciente, menos ele sofre, e menor será a possibilidade de ter medo da sua doença e de assustar os seus familiares.

A cobertura já é suficiente para atender as necessidades e os direitos previstos pela lei?
Não, a lei é uma transição: o velho não predomina, mas o novo ainda não domina. Eu ainda tenho muita esperança, porque o Ministério da Saúde vem mantendo uma continuidade na aplicação da lei. Esta lei é do governo passado, mas isso não é um problema de política de governo, é um problema do Estado brasileiro. O Estado que não respeita os doentes do país é um Estado que não se respeita. Então, eu tenho muito entusiasmo com a política de saúde mental, porque ela é muito criticada, mas está avançando. Cada ano está melhor do que no ano anterior.

Que desafios ainda resistem ao processo de humanização do tratamento psiquiátrico?
Primeiro, a psiquiatria tradicional: a universidade não se abre para ensinar aos estudantes de medicina uma psiquiatria mais moderna. Segundo, os grandes hospitais psiquiátricos que funcionam por leito – e leito não é um conceito adequado para o tratamento de doença mental. O doente mental precisa de espaço, precisa de área, e de atenção. Precisa de circulação e não de detenção. E, em terceiro lugar, o preconceito geral da sociedade, porque nela existem dois tipos de preconceito: um é o de achar que o doente mental é perigoso, e aí as pessoas têm medo da doença. E a outra é a pressão econômica em cima dos doentes, dos não produtivos. A sociedade em busca de lucro, e a pessoa que tem um ritmo diferente, é mais lenta, dispersiva, sonhadora – e às vezes nem são sonhadores, coitados; às vezes não têm nem tempo de sonhar. Essas pessoas não são muito compreendidas.

O poeta Ferreira Gullar fez uma crítica à Lei 10.216, como você reagiu a ela?
Ele disse que é pai de dois pacientes e que sofre com a dificuldade no tratamento de seus filhos. Então ele escreveu mais como pai do que como poeta. Eu tenho que compreender, e espero que ele encontre um serviço adequado. Ele está desesperado porque encontrou serviços despreparados. Onde o serviço é bem preparado, capaz e protegido pela política pública, o que tenho visto é a lei ter dado muito certo. Eu, por exemplo, não gostaria de ser internado se precisasse. Eu sempre preferi o tratamento aberto e acho que qualquer pessoa deve pensar que um dia pode precisar de um tratamento – e é bom que seja em um serviço aberto.

Agência Experimental de Jornalismo
Jornalista Responsável: Profª Izaura Rocha
Bolsista: Aryela Ferreira e Priscila Mendes – 3º período de Jornalismo
Fotos: Henrick Macedo e Wanessa de Castro – 1º período de Jornalismo

Maravilhas da Natureza: Cataratas do Iguaçu e Amazônia na grande final

As Cataratas do Iguaçu estão entre as 28 candidaturas selecionadas para participar da grande final da eleição mundial das Novas Sete Maravilhas da Natureza.

A eleição das Novas Sete Maravilhas da Natureza teve início em dezembro de 2007, envolvendo mais de 440 atrações de 220 países.

Foto: Divulgação
O resultado, anunciado nesta terça-feira (21) pela Fundação New 7 Wonders, levou em conta o voto dos internautas e a opinião de um grupo de sete especialistas, que analisou uma série de quesitos como legado histórico e relevância ambiental, além da beleza dos locais.


O voto dos internautas serviu para indicar as 77 candidaturas pré-classificadas para a final, entre as quais os especialistas da Fundação New 7 Wonders apontaram as 28 finalistas. Na relação de sítios selecionados para a final estão onze da Ásia, sete das Américas, cinco da Europa, três da Oceania e dois da África.

Além das Cataratas do Iguaçu, somente uma queda d’água avançou à finalíssima: o Salto Angel, localizado na Venezuela. Já representando o Brasil, há duas candidaturas: as Cataratas do Iguaçu e a Amazônia. O arquipélago de Fernando de Noronha (PE), que integrava o top-77, foi eliminado.

Com as finalistas definidas, a votação para eleger as Novas Sete Maravilhas da Natureza foi reaberta nesta terça-feira no endereço www.new7wonders.com. Quem votou nas fases anteriores pode votar novamente. A terceira e última etapa da disputa irá se estender até 2011, quando serão conhecidos os sítios vencedores. Segundo a Fundação New 7 Wonders, são esperados mais de 1 bilhão de votos.

O comitê Brasil-Argentina de Apoio às Cataratas do Iguaçu comemorou o resultado e já pensa em uma estratégia para levar as quedas à vitória. “Tínhamos certeza que passaríamos para a fase final, pois fizemos a melhor campanha, a mais criativa, elogiada e destacada, diversas vezes, até mesmo pela Fundação New 7 Wonders, organizadora da competição. Fizemos tudo o que podia ser feito e nosso esforço foi recompensado”, afirma Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social de Itaipu Binacional.

Ainda nesta terça-feira, o comitê estará reunido para definir o planejamento da sequência da eleição. “Com o apoio voluntário dos principais veículos de comunicação do Paraná, conseguimos uma mobilização inédita da opinião pública para votar pelas Cataratas do Iguaçu. Vencemos o primeiro desafio. E, agora, vamos trabalhar para colocar as Cataratas entre as sete novas maravilhas”, assegura Piolla.

Uma das primeiras ações a serem colocadas em prática pelo comitê é mobilizar quem já votou nas Cataratas do Iguaçu nas etapas anteriores. “Vamos aproveitar o nosso banco de dados de internautas que participaram de promoções do VoteCataratas.com e convida-los a votar mais uma vez”, revela Paulo Angeli, presidente do Conselho Municipal de Turismo. Outra linha de ação será dar visibilidade à campanha no exterior, com o engajamento dos argentinos.

Antes mesmo do resultado final, porém, as Cataratas do Iguaçu e a cidade de Foz do Iguaçu já devem notar o reflexo de integrar a relação de 28 finalistas. Segundo o secretário municipal de Turismo, Felipe Gonzalez, a competição colocará a região trinacional em evidência ao longo dos próximos dois anos, e a expectativa é que isso se reflita no número de visitantes.

“A eleição nos dará visibilidade e vai nos render uma mídia espontânea excepcional. Tenho certeza que a beleza das Cataratas irá rodar o mundo por meio da Internet, com reflexo direto no número de turistas em visita à nossa cidade”, aposta o secretário.

A eleição – A eleição das Novas Sete Maravilhas da Natureza teve início em dezembro de 2007, envolvendo mais de 440 atrações de 220 países. Entre os especialistas que selecionaram as finalistas estão o ex-diretor-geral da Unesco Federico Mayor Zaragoza e o ambientalista Rex Weyler, co-fundador do Greenpeace Internacional.

Eles avaliaram a beleza das candidatas; sua relevância ambiental (o nível de preservação); o legado histórico (relação da comunidade e\ou povos indígenas com o local); e a localização geográfica (entre as finalistas há atrações de todos os continentes).

Assessoria de Comunicação
Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu



Amazônia é finalista do concurso das Sete Maravilhas da Natureza

A floresta é uma das principais marcas do Brasil no exterior.

Em 2007, no concurso das maravilhas feitas pelo homem, cada um dos finalistas lucrou cerca de US$ 5 bilhões com investimentos estrangeiros em vários setores. O Cristo Redentor foi um dos eleitos. Na época, foram 100 milhões de votos. Agora serão um bilhão de eleitores, na estimativa da fundação que organiza a competição.

Além da Amazônia, um outro cartão postal brasileiro também está entre os finalistas do concurso: as Cataratas de Iguaçu. Veja aqui como participar do concurso e ajudar a eleger a Amazônia ou as Cataratas como uma das sete maravilhas da natureza.

Fonte: Globonews

Vote em:
http://www.new7wonders.com/community/en/new7wonders/new7 wondersofnature/voting

OBS : Opinião- É preciso cuidar da Amazônia, da preservação e invasão estrangeira, aumentar a proteção, evitar assim, mais devastação e explorações tecnológicas dos países mais desenvolvidos, em relação principalmente, às patentes de espécies nativas e raras da natureza, é preciso pensar olhando os dois lados deste marketing.

Polêmico criador da célula artificial era mau aluno na escola

Americano Craig Venter teve notas tão ruins que quase não conseguiu completar o segundo grau.

Esta semana o mundo foi surpreendido com o anúncio de uma grande conquista científica: pela primeira vez, uma célula artificial foi criada em laboratório. Entenda a importância que isso tem para nosso futuro e conheça o autor da façanha: um dos cientistas mais polêmicos da atualidade, o americano Craig Venter.

O homem que criou a primeira célula sintética da história teve notas tão ruins quando era adolescente que quase não conseguiu completar o segundo grau. Ele se apaixonou por ciência no lugar mais inesperado possível: um hospital de campo de batalha enquanto servia como recruta na Guerra do Vietnã. Vendo os médicos e as enfermeiras salvando vidas, Craig Venter resolveu estudar medicina, mas logo descobriu a verdadeira paixão: a bioquímica.

Nos anos 80, quando foi trabalhar em Washington, no Instituto Nacional de Saúde, Venter viu uma verdadeira revolução acontecendo: os cientistas começavam a decifrar o DNA. Os códigos genéticos estavam sendo gradualmente identificados. O livro da vida contido em cada célula agora podia começar a ser lido.

Dez anos atrás, Craig Venter e um pesquisador do Instituto Nacional de Saúde em Washington conseguiram mapear toda a sequência genética do ser humano. Fizeram isso três anos antes da meta que o próprio governo americano havia estabelecido para chegar a esse resultado.

Ao longo da carreira, Craig Venter desvendou não só os processos da biotecnologia, mas também os mecanismos de um outro campo: o financeiro. Ele conseguiu centenas de milhões de dólares do governo e da iniciativa privada e construiu um instituto, com laboratórios que estão entre os mais bem equipados do mundo. E os investidores estão satisfeitos.

Craig Venter não tem vergonha da autopromoção. O instituto que fundou não apenas tem o nome dele, mas tem o nome completo, até com a inicial. Chama-se J. Craig Venter Institute.

É um milionário, gosta de grandes barcos, viagens e festas. Mas apesar do estilo de vida de superestrela da Ciência, um dia depois do anúncio, ele admitiu, em uma videoconferência mundial: “Não criamos vida”.

Disse que apenas alterou o genoma de uma bactéria, e ela não apenas sobreviveu como passou a se multiplicar com novas características.

O genoma é a receita que determina as características dos seres vivos, como tamanho, cor, habilidades.

“Tecnicamente, ele copiou vida. Ele tinha todas as informações contidas no genoma de uma determinada bactéria. A partir dessas informações, ele conseguiu montar aquele DNA exatamente como se fosse natural. Montado esse genoma, ele colocou esse DNA dentro da carcaça de outra bactéria. Recebendo esse material genético, ele fez essa bactéria se dividir”, explica o neurocientista Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Sabendo das informações de um determinado tipo de bactéria, ele fez o que seria equivalente a pegar um telefone, mais ou menos com a idéia de como construí-lo. Essas informações estavam em um computador ou em uma folha de papel. Ele pegou essas informações, comprou as peças, conseguiu montá-las e colocou tudo na carcaça de outro telefone.”

“Cientifica e academicamente, é muito importante. Você não gerou vida a partir da matéria inanimada. Isso seria criar vida artificial. Ele partiu de vida e deu uma modificada, como fazemos todos os dias em menor escala no laboratório. Mas ele não fez vida a partir da matéria inanimada. Isso ainda está longe de ser feito”, diz Marcelo Briones, coordenador do programa Genoma Câncer da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“A partir do domínio dessa tecnologia, é possível criar bactérias capazes de degradar um poluente ou de degradar um óleo que estava vazando”, adianta Stevens Rehen.

“A tecnologia sempre pode ser usada para uma coisa benéfica. Nesse caso, isso pode ser uma coisa benéfica no futuro. Você pode gerar micro-organismos que atacam outros, desobstruir artérias, drogas inteligentes. Fazer baterias biológicas, gerar energia a partir de organismos vivos”, explica Marcelo Briones.

“Essa tecnologia pode ser comparada com o que aconteceu com a tecnologia nuclear. Ela pode ser usada para a medicina, para gerar energia. E pode ser utilizada para fins bélicos. O mesmo acontece com a aviação. Um avião tem funções das melhores possíveis, mas também pode ser usado para coisas ruins.

É preciso regulamentar a tecnologia e criar uma legislação capaz de controlar quem vai fazer uso dessa tecnologia para que ela, de fato, seja só benéfica para a sociedade”, constata Stevens Rehen.

Acesse o artigo e o vídeo no(a) :
Fonte: Globo.com

Canal TV Brasil Internacional é lançado hoje em Brasília


"Queremos ter uma TV que expresse no exterior a diversidade e a cultura do Brasil", diz a jornalista Teresa Cruvinel, presidente da EBC.

Da Redação




Itamaraty acolhe o lançamento do canal.

Brasília - A TV Brasil Internacional, canal da estatal brasileira Empresa Brasil de Comunicação (EBC), começa as transmissões para países africanos nesta segunda-feira (24), informou a EBC.

O lançamento do novo canal estatal brasileiro será assinalado esta tarde com um evento, no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, ao qual deverá estar presente o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A marcar o início das emissões, haverá uma transmissão ao vivo de uma conversa entre Lula e o presidente de Moçambique, Armando Guebuza.

O novo canal brasileiro deverá chegar a quase todo o continente, à excepção de cinco países do norte de África, nomeadamente o Egito, Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos.

A TV Brasil Intenacional poderá ser vista em todos os países africanos de língua oficial portuguesa - Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe -e também na Guiné Equatorial, estado de língua espanhola candidato a integrar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Queremos ter uma TV que expresse no exterior a diversidade e a cultura do Brasil", de acordo com declarações da jornalista Teresa Cruvinel, presidente da EBC.

A retransmissão local por cabo será feita por contrato com a distribuidora Multichoice. Os programas serão transmitidos em português, sem legendas, o que deverá limitar as audiências, sobretudo nos países africanos anglófonos e francófonos.



TV Brasil Internacional vai mostrar a verdadeira imagem do país, diz Lula

Agência Brasil -
Publicação: 24/05/2010

Presidente Lula discursa durante solenidade de lançamento da TV Brasil Internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há pouco, durante o lançamento da TV Brasil Internacional, que o novo canal servirá para mostrar para o mundo a verdadeira imagem do Brasil e o que o país tem de melhor.

“Estamos realizando mais um sonho, que ainda não acordamos. Essa tevê pode ser o jeito de ser deste país, na cultura, no futebol, na política. Uma tevê plena que vai desnudar este país maravilhoso que o mundo não conhece”, discursou Lula.

Segundo presidente, atualmente a imagem do Brasil no exterior é como se fosse transmitido os piores momentos do país e a TV Brasil Internacional servirá para mudar esse quadro. “Essa TV pública pretende ser a cara do Brasil no exterior. Quando fazemos as coisas lá para fora parece que fazemos os piores momentos. Então, não queremos que fique lá fora a imagem dos piores momentos do Brasil, mas a imagem que somos”, afirmou.

A TV Brasil Internacional inicia nesta segunda-feira (24) sua transmissão para 49 países do continente africano. O canal será transmitido em língua portuguesa, como fazem os canais das TVs públicas internacionais (BBC/Inglaterra, RTVE/Espanha, RAI/Itália, Canal Cinq/França, NHK/Japão), que transmitem em sua língua natal.

A programação será composta por conteúdos próprios da TV Brasil, com ênfase em aspectos informativos e culturais sobre o Brasil, ajustados ao fuso horário de Angola, que é de quatro horas a mais que o horário de Brasília.

Em seu discurso, Lula disse ainda que o novo canal servirá para mostrar aos céticos que “nem tudo que é público é ruim e o que é privado é um centro de excelência”. Para ele, é possível construir uma televisão pública sem ser apenas um canal de divulgação das ações do governo.

“Tem gente que elogia a BBC, que é um veiculo de comunicação pública. Queremos provar que é possível fazer uma TV pública de qualidade, republicana, que não seja chapa branca nem oposição”.

A presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, disse que a ideia de começar a transmissão do canal internacional pela África se originou da demanda daquele continente por programação audiovisual e também pela dívida que o Brasil tem com o povo africano.

“Entendemos que, tal qual pensa o presidente Lula, temos uma dívida enorme com a África que não pode se paga com dinheiro, mas com solidariedade”, disse Cruvinel. Segundo ela, a TV Brasil Internacional também vai ter em sua grade de programação o conteúdo produzido por outros canais públicos, como as TV Câmara, Senado e Justiça.

Fonte:Folha.com

Agricultores familiares denunciam alto volume de consumo de agrotóxicos

A carta diz que foram usados cerca de 790 milhões de litros de agrotóxicos na safra de 2008/2009, o que corresponde a mais de 3 litros por habitante no país.

Da Redação, com agência

Curitiba – Os 3 mil agricultores que se reuniram durante quatro dias na 9ª Jornada de Agroecologia, em Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná, divulgaram no encerramento do encontro carta-documento reafirmando o compromisso com o modelo agroecológico que defende o cuidado com a terra e a biodiversidade para colher "soberania alimentar”. Eles se comprometem ainda a lutar por uma produção livre de transgênicos e sem agrotóxicos e por um projeto popular e soberano para a agricultura.

“A soberania alimentar do Brasil segue sendo resultado do trabalho da agricultura familiar camponesa, historicamente responsável por 70% do abastecimento da população e pela geração de grandes excedentes de alimentos exportados. Essa mesma agricultura familiar camponesa gera mais postos de trabalho no campo, mesmo preservando uma área de florestas maior que o latifúndio e usando uma área 200% menor que o agronegócio", diz o documento.

A carta responsabiliza o agronegócio por uma série de fatores prejudicais à agricultura. Segundo o documento, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo por causa do agronegócio. A carta diz que foram usados cerca de 790 milhões de litros de agrotóxicos na safra de 2008/2009, o que corresponde a mais de 3 litros por habitante no país. Além disso, afirmam os agricultores, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) tornou-se um balcão de negócios das empresas, liberando transgênicos sem qualquer rigor científico e desconsiderando o princípio da precaução.

O documento final do encontro reclama ainda do bloqueio que a chamada bancada ruralista e a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) fazem há mais de seis anos ao Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 438, que propõe medidas de combate ao trabalho escravo no campo, entre elas a expropriação de propriedades que usam mão de obra escrava.

Outra denúncia é da contaminação genética das variedades de milho crioulo, convencional e agroecológico pelo milho transgênico, que, segundo a carta, foi constatada por pesquisa da Secretaria da Agricultura do Paraná, "o que comprova a ineficácia da norma editada pela CTNBio e a impossibilidade de coexistência dessa tecnologia com outros sistemas produtivos”.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) comprometeu-se com os participantes da Jornada a transformar os mais de 400 mil hectares reformados no Paraná em terras de produção agroecológica, seja por meio de assistência técnica especializada.

A agroecologia faz parte da política de desenvolvimento dos projetos de reforma agrária conduzidos pelo Incra, diz o superintendente da autarquia no Paraná, Nilton Bezerra Guedes. “A proposta é que os assentamentos sejam centros de produção agroecológica” , afirmou.

O assentado Antônio Rodrigues de Mello, de 53 anos, disse que participou de todas as jornadas anteriores e que levou tudo o que aprendeu para as 107 famílias do assentamento de Diamante do Oeste. “Desde 2003 no nosso assentamento defendemos a agroecologia, embora seja ainda difícil convencer os mais antigos. No início, eles não acreditavam que dava pra plantar sem usar veneno.”

Segundo Mello, as jornadas são boas porque mostram aos agricultores práticas que dão e não usam agrotóxicos. "Assim, ficamos livres da dependência de produtos comercializados por grandes empresas.“
Para ele, a agroecologia é uma proposta de saúde. "Não adianta usar veneno para plantar e usar veneno para tratar a nossa saúde. Usamos a medicina alternativa, com remédios caseiros e homeopatia.” As informações são da Agência Brasil.


Normas para aplicação de agrotóxicos




A segurança do trabalho com agrotóxicos surge como uma necessidade conseqüente da toxicidade intrínseca nos compostos aplicados para o controle químico danosos à exploração agrícola do homem. Além dos organismos indesejados, os agrotóxicos causam intoxicações em qualquer organismo vivo que de alguma forma seja exposto.

A qualidade na aplicação de agrotóxicos esta intimamente relacionados a assuntos de segurança de importância para o aplicador, a população rural próxima, o consumidor final e o ambiente em geral.

Quantifica-se a segurança das condições de trabalho com agrotóxicos através da avaliação do risco de intoxicação, cuja intensidade está em função de dois fatores principais: toxidade e exposição.

Eles expressam os efeitos de inúmeros fatores influentes no risco de intoxicação nas condições especificas de trabalho. Entre estes, destacam-se o tipo de formulação, método de aplicação , tempo de exposição, tipo de atividade, intensidade do vento, atitudes do trabalhador, freqüência das exposições, medidas de segurança, proteção e higiene adotadas. Destaca-se o tipo de equipamento, que proporcionam níveis de diferenciais de exposição (Machado Neto, 1997.
)
A informações sobre o uso correto e seguro dos agroquímicos é assunto regulamentado pela Lei federal no 7.802, de 11 de julho de 1989 e Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002 que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos seus componentes e afins.

A Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) propõe uma serie de recomendações de acordo com a lei em vigor para o uso correto e minimizar os riscos a exposição de agrotóxicos em diferentes etapas do processo e assim discriminados:

Aquisição de Produtos

A aquisição de produtos fitossanitários é uma importante etapa para o uso correto e seguro e exige muita atenção para evitar problemas. Veja algumas recomendações importantes que devem ser seguidas:
•Produtos fitossanitários só devem ser adquiridos mediante receita agronômica emitida por profissional habilitado.
•Certifique-se de que a quantidade de produto que está sendo adquirida é suficiente para tratar apenas a área desejada. Evite comprar produto em excesso.
•Exija sempre a nota fiscal.
•Verifique o prazo de validade na embalagem do produto.
•Verifique se o produto indicado possui registro no Ministério da Agricultura e o cadastro estadual.
•Verifique se a embalagem está lacrada, para evitar falsificações.
•Verifique se a embalagem possui o número do lote.
•O rótulo e a bula devem estar em perfeitas condições para permitir a leitura.
•Certifique-se de que o equipamento de aplicação que você possui é apropriado para aplicar o produto.
•Aproveite para adquirir os EPI's obrigatórios para proteger a saúde do aplicador.
•Menores de 18 anos não podem adquirir produtos fitossanitários.
Transporte para a fazenda
Quando um agricultor compra um produto fitossanitário e vai transportá-lo para a sua fazenda, também se fazem necessárias medidas de segurança. Seguem algumas orientações para transporte no varejo:
•Nunca transporte produtos fitossanitários no interior de veículos fechados ou na cabina dos veículos.
•O veículo recomendado é do tipo caminhonete, onde os produtos devem estar, preferencialmente, cobertos por lona impermeável e presos à carroceria do veículo.
•Acondicionar os produtos de forma a não ultrapassarem o limite máximo da altura da carroceria.
•O transporte de produtos perigosos acima da quantidade isenta deve ser feito somente por motorista especialmente habilitado e em veículo apropriado;
•Ao transportar qualquer quantidade de produtos fitossanitários, leve sempre consigo a nota fiscal e as instruções para casos de acidentes contidas na ficha de emergência.
•Em caso de acidentes, devem ser tomadas medidas para evitar que possíveis vazamentos alcancem coleções de águas ou que possam atingir pessoas, animais, etc. Deve ser providenciado o recolhimento seguro das porções vazadas.
•Embalagens abertas ou que contenham resíduos ou que estejam vazando não devem ser transportadas.
•Se o transporte tiver que ser feito em dias de chuva é indispensável o uso de lonas impermeáveis ou outras formas adequadas para a proteção do produto.
Armazenamento na propriedade rural
O armazenamento de produtos fitossanitários nas propriedades rurais deve atender a algumas regras básicas de segurança para evitar acidentes:
•Produtos fitossanitários devem ser armazenados em local próprio, devidamente identificados. Use uma placa com os dizeres: CUIDADO VENENO.
•O local deve ser trancado, para impedir o acesso de crianças, pessoas não autorizadas e animais.
•O local deve ser ventilado, coberto e com piso impermeável.
•A construção deve ser de alvenaria ou de material não comburente.
•Instalações elétricas devem estar em boas condições para evitar incêndios.
•Evite que produtos inflamáveis fiquem em local quente ou próximo a fontes de ignição.
•Não armazene produtos fitossanitários dentro de residências ou alojamentos de pessoas.
•Não armazene produtos junto com alimentos ou ração animal.
•Os produtos devem ficar com os rótulos voltados para fora da pilha, para facilitar a identificação.
•Se o produto for guardado num galpão de máquinas a área deve ser isolada com telas ou paredes.
•Não faça estoques de produtos além das quantidades previstas para uso a curto prazo.
•Os produtos devem ser separados por classe (fungicida, inseticida, herbicida, acaricida, outros) para evitar confusões e contaminação cruzada..
•Produtos devem ficar afastados de adubos, sementes e óleos lubrificantes para evitar a contaminação.
•Mantenha sempre equipamentos de proteção individual disponíveis.
•Mantenha sempre o produto na embalagem original.
•Para manusear embalagens que já tenham sido abertas use luvas.
•No caso de rompimento de uma embalagem vista os EPI's e use um recipiente para conter o vazamento.
•O produto vazado deve ser absorvido com terra e colocado num recipiente separado.
•Observe as disposições constantes na legislação estadual e municipal.
•Siga a regra; primeiro produto a entrar, primeiro produto a sair.

IPI

O uso seguro de produtos fitossanitários começa com o uso correto dos equipamentos de proteção individual. Vestir EPI's durante o manuseio de produtos fitossanitários é essencial para a segurança dos trabalhadores. Além disto, o uso de EPI's é uma exigência da legislação brasileira e o não cumprimento poderá acarretar penalidades e riscos de ações trabalhistas. A indústria informa através dos rótulos, bulas e das Fichas de Informação de Segurança de Produto (FISP) quais são os EPI's que devem ser utilizados para cada produto. Os responsáveis pela aplicação sempre devem ler estas informações com atenção.

Minimize a exposição do trabalhador

A exposição a produtos químicos pode ocorrer através da pele, da boca, dos olhos ou através da inalação de partículas ou vapores durante o manuseio e aplicação Ao abrir as embalagens aplicar os produtos ou limpar os equipamentos de aplicação, o aplicador deve sempre utilizar luvas, respiradores e outros EPI's com o objetivo de evitar a exposição do organismo ao produto tóxico.

Principais equipamentos de proteção individual

Luvas

Trata-se do equipamento de proteção mais importante, pois protege as partes do corpo com maior possibilidade de exposição, as mãos. Existem vários tipos de luvas no mercado e a utilização deve ser de acordo com a formulação do produto, pois o material deve ser capaz de torná-la impermeável ao produto químico. Produtos que contêm solventes orgânicos, como por exemplo os concentrados emulsionáveis, devem ser manipulados com luvas de NITRILA, pois este material é impermeável aos solventes orgânicos. Luvas de LÁTEX ou de PVC podem ser usadas para produtos sólidos ou formulações que não contenham solventes orgânicos. As luvas são o equipamento de proteção mais barato e devem ser compradas de acordo com o tamanho das mãos do usuário. As luvas não podem ser muito justas, para facilitar a colocação e a retirada, e também não devem ser muito grandes, para não atrapalhar o tato e causar acidentes. De modo geral, recomenda-se a aquisição das luvas de "NITRILA ou NEOPRENE", materiais que podem ser utilizados com qualquer tipo de formulação. Outra observação importante é que as luvas devem ser normalmente usadas por dentro das mangas do jaleco, quando for executada aplicação em alvos baixos, e por fora das mangas do jaleco, em aplicações em alvos altos. O objetivo é evitar que o produto escorra para dentro das luvas.

Respiradores

Comumente chamados de máscaras, os respiradores têm o objetivo de evitar a absorção dos vapores e partículas tóxicas através das vias inalatórias (pulmões). Existem basicamente dois tipos de respiradores: os descartáveis, que possuem uma vida útil relativamente curta, e os que possuem os filtros especiais para reposição, normalmente mais duráveis. Os respiradores são equipamentos importantes mas que podem ser dispensados em muitas situações, por exemplo, quando não há emissão de vapores ou partículas no ar. Utilizados de forma inadequada, os respiradores tornam-se desconfortáveis e podem transformar-se numa verdadeira fonte de contaminação, pois devem estar sempre limpos e os seus filtros jamais devem estar saturados. Para saber se o respirador ainda tem condições de uso e não está saturado, o trabalhador deve ser capaz de identificar se o filtro ainda consegue reter os vapores do produto tóxico (o cheiro) e, no caso de partículas, se o filtro oferece maior resistência mecânica, tornando a respiração mais difícil. Quando estiverem saturados, os filtros devem ser substituídos, ou o próprio respirador, caso ele seja descartável.

Viseira facial

Material transparente, de acetato, cujo objetivo é a proteção dos olhos e do rosto contra respingos, seja no preparo da calda ou na pulverização. Em algumas situações, quando não houver a presença de vapores ou partículas no ar, o uso da viseira e do boné árabe pode dispensar o uso do respirador, aumentando o conforto do trabalhador.

Jaleco e calça

Calça e camisa de mangas compridas. Protegem tronco, membros superiores e inferiores devendo ser usados em quase todo tipo de aplicação. A única exceção é na aplicação de produtos fumigantes, onde é admissível o uso de calça comum e camisa de mangas curtas. As calças e jalecos são em sua maioria confeccionados em tecido de algodão tratado com teflon (óleo fobol), tornando o tecido hidrorrepelente. O tratamento com teflon ajuda a evitar o molhamento e a passagem do produto para o interior da roupa, sem impedir a troca gasosa causada pela transpiração, tornando o equipamento mais confortável. O tecido deve ser preferencialmente claro para reduzir a absorção de calor, além de ser de fácil lavagem e descontaminação, para permitir a sua reutilização. Vale a pena lembrar que os tecidos tratados com teflon são hidrorrepelentes e resistem até 30 lavagens. As formulações dos produtos normalmente possuem tensoativos e se forem pulverizadas diretamente no tecido poderá ultrapassá-lo. Desta forma, os tecidos hidrorrepelentes são apropriados para proteger o corpo dos respingos do produto formulado e não para conter exposições extremamente acentuadas ou jatos dirigidos. O trabalhador deve procurar manter-se limpo. Além dos tecidos hidrorrepelentes, existem outros materiais disponíveis no mercado, como o TYVEC.

Boné árabe

Confeccionado em tecido de algodão é tratado com teflon. É hidrorrepelente e substitui o chapéu de abas largas. Protege o couro cabeludo e o pescoço contra respingos. O boné árabe deve ser ajustado sobre a viseira facial.

Botas

Devem ser preferencialmente de cano alto e impermeáveis (borracha ou couro impermeabilizado). Sua função é a proteção dos pés. Deve sempre ser utilizada por dentro da calça, a fim de impedir a entrada dos produtos por escorrimento.

Avental
Produzido com material impermeável, deve ser utilizado adaptado na parte frontal do jaleco durante o preparo da calda e na parte costal do jaleco durante as aplicações com equipamento costal. O objetivo é evitar que respingos do produto concentrado e derramamentos do equipamento aplicador possam atingir o trabalhador.

Manuseio/ Aplicação

Enquanto a embalagem de um produto fitossanitário está fechada e lacrada, ele não apresenta risco significativo de contaminação, pois não há exposição. Mas quando a embalagem é aberta os riscos podem ser grandes se algumas regras básicas de segurança não forem seguidas para evitar a exposição:
•Leia cuidadosamente as instruções do rótulo e/ou bula do produto antes da aplicação
•Vista os equipamentos de proteção individual recomendados
•Verifique a calibragem do equipamento aplicador usando apenas água.
•Verifique se o equipamento aplicador possui vazamentos e elimine-os antes de preparar a calda.
•Misture a quantidade certa de produto para preparar a calda que será usada no tratamento
•Faça a tríplice lavagem ou lavagem sobre pressão das embalagens vazias enquanto estiver preparando a calda.
•Escolha as horas mais frescas do dia para realizar a pulverização
•Não aplique o produto na presença de ventos fortes, evite a deriva
•Para descartar sobras de produto no tanque do pulverizador, siga as orientações contidas no item destino final de resíduos e embalagens
•Após a aplicação, siga as recomendações constantes no item medidas de higiene após a aplicação.

Destino de resíduos de embalagens

A aplicação de um produto fitossanitário deve ser planejada de modo a evitar desperdícios e sobras. Para isto, peça sempre a ajuda de um engenheiro agrônomo para calcular a dosagem a ser aplicada em função da área a ser tratada.
O que fazer com a sobra da calda no tanque pulverizador?
•O volume da calda deve ser calculado adequadamente para evitar grandes sobras no final de uma jornada de trabalho.
•O pequeno volume de calda que sobrar no tanque do pulverizador deve ser diluído em água e aplicado nas bordaduras da área tratada ou nos carreadores.
•Se o produto que estiver sendo aplicado for um herbicida o repasse em áreas tratadas poderá causar fitotoxicidade e deve ser evitado.
•Nunca jogue sobras ou restos de produtos em rios, lagos ou demais coleções d'água.
O que fazer com a sobra do produto concentrado?
•Produto concentrado deve ser mantido em sua embalagem original.
•Certifique-se de que a embalagem está fechada adequadamente.
•Armazene a embalagem em local seguro, de acordo com as instruções do item "armazenamento na propriedade rural".

Destino final de embalagens

O destino final de embalagens de produtos fitossanitários é complexo por tratar-se de embalagens que acondicionam produtos tóxicos. Mesmo depois de esvaziadas, as embalagens normalmente contêm resíduos de produto no seu interior, exigindo procedimentos especiais para sua destinação final.

Embalagens que acondicionam produtos químicos

Embalagens rígidas que acondicionam produtos líquidos correspondem a aproximadamente 70% das embalagens comercializadas no Brasil e devem ser TRÍPLICE LAVADAS ou LAVADAS SOB PRESSÃO durante o preparo da calda para remoção dos resíduos internos. A calda resultante desta lavagem deve ser utilizada no tanque de pulverização. Esta simples operação é capaz de remover 99,99% do produto, possibilitando que as embalagens fiquem com menos de 100 ppm (partes por milhão) de resíduo. Este procedimento é econômico, pois permite o total aproveitamento do produto, além de evitar contaminações das pessoas e do meio ambiente.

Como fazer a tríplice lavagem?
•Esvazie completamente a embalagem no tanque do pulverizador.
•Preencha a embalagem com 1/4 do seu volume com água limpa.
•Tampe a embalagem e agite-a por 30 segundos.
•Despeje a calda resultante no tanque do pulverizador.
•Faça esta operação 3 vezes.

Descontaminação da pele
Muitos produtos tóxicos são prontamente absorvidos pela pele, quer haja contato com roupas contaminadas ou sejam diretamente derramados sobre o corpo. Mesmo que o produto seja pouco tóxico, recomenda-se que a exposição seja eliminada o quanto antes:

•Retire imediatamente as roupas contaminadas
•Remova o produto com água corrente.
•Verifique as recomendações de primeiros socorros do produto e, se não houver contra indicação, lave com água e sabão as partes atingidas
•Seque com um pano limpo e vista roupas limpas.
•Se uma grande superfície do corpo foi contaminada, o banho completo é o mais indicado.
•Atenção especial deve ser dada ao couro cabeludo, atrás das orelhas, axilas, unhas e região genital.

•Nenhum antídoto ou agente neutralizador deve ser adicionado à água de lavagem.
Via de regra os casos de contaminações são resultado de erros cometidos durante as etapas de transporte, armazenamento, manuseio ou aplicação de produtos fitossanitários e são causados pela falta de informação ou displicência. Estas situações exigem calma e ações imediatas para descontaminar as partes atingidas, com o objetivo de eliminar a absorção do produto tóxico pelas partes atingidas do corpo.

Descontaminação dos olhos

O derramamento de produto fitossanitário nos olhos, faz com que o produto seja prontamente absorvido. A irritação que surge pode ser devida ao próprio composto químico ou a outras substâncias presentes na formulação.

•A assistência imediata nesses casos é a lavagem dos olhos com água corrente e limpa, por um período de 10 minutos.
•A água de lavagem poderá ser fria ou morna, mas nunca quente ou contendo outras substâncias usadas como antídoto ou neutralizantes.
•O jato de lavagem deve ser suave para não provocar maior irritação.
•Não dispondo de jato d'água, deite a vítima de costas com a cabeça apoiada sobre suas pernas, inclinando-lhe a cabeça para trás e mantendo as pálpebras abertas, derrame com auxílio de caneca, um filete de água limpa nos olhos.
•Não coloque colírio ou outras substâncias.
•Persistindo dor ou irritação, tape os olhos com pano limpo e encaminhe o paciente ao oftalmologista, levando o rótulo ou bula do produto.

Descontaminação das vias respiratórias

•Antes de entrar em local fechado com a possibilidade da presença de contaminantes no ar ambiente, certifique-se de ventilá-lo.
•A proteção do socorrista é muito importante nesses casos.
•Remova a vítima para local fresco e ventilado.
•Afrouxe as roupas para facilitar a passagem do ar.
•Não esqueça de retirar as roupas, se elas estiverem contaminadas.
Descontaminação em casos de ingestão
•Ao atender uma vítima intoxicada por ingestão, a decisão mais importante a tomar é se deve ou não provocar vômito.
•Via de regra, é melhor regurgitar a substância tóxica imediatamente; todavia nunca provoque vômito se a vítima estiver inconsciente ou em convulsão, pois poderá sufocá-la.
•O vômito deve ser evitado se a substância ingerida for cáustica ou corrosiva, visto que provocará novas queimaduras ao ser regurgitada.
•Formulações de produtos que utilizam como veículo solventes derivados do petróleo, normalmente tem em suas bulas, indicações de restrição ao vômito, uma vez que esses solventes podem ser aspirados pelos pulmões provocando pneumonite.
•Antes de induzir ao vômito, aumente o volume do conteúdo estomacal da vítima, dando-lhe um ou dois copos de água.
•O vômito pode ser provocado por processo mecânico, colocando um dedo ou a extremidade do cabo de uma colher na garganta, ou dando-se ao paciente 1 colher de sopa com detergente diluído em 1 copo d'água.
•Durante o vômito, posicione o paciente com o tronco ereto e inclinado-o ligeiramente para frente, evitando a entrada do líquido nos pulmões.

Hábitos de Higiene

Intoxicações podem ser evitadas com hábitos simples de higiene. Os produtos químicos normalmente penetram pela boca através dos alimentos, bebidas ou do cigarro quando são manuseados com as mãos contaminadas. Roupas ou equipamentos contaminados deixam a pele do trabalhador em contato contínuo com o produto tóxico e aumentam a absorção.

Algumas recomendações importantes para evitar intoxicações

•Lave bem as mãos e o rosto antes de comer, beber ou fumar.
•Lave as luvas contaminadas antes de retirá-las. Em seguida, lave bem as mãos com água e sabão.
•Ao final do dia de trabalho, lave as roupas usadas na aplicação.
•Tome banho com bastante água e sabão, lavando bem o couro cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais.
•Use sempre roupas limpas.
Como lavar roupas contaminadas?
•As roupas contaminadas devem ser lavadas separadamente das roupas de uso comum.
•Roupas contaminadas devem ser lavadas logo após o dia de trabalho. Quanto mais demorar a lavar as roupas mais difícil será a remoção do produto químico.
•Use luvas de borracha para manipular ou lavar roupas contaminadas porque líquidos concentrados, grânulos ou pós podem ter contaminado as luvas, botas ou tecidos.
•Enxágüe as roupas contaminadas antes de lavar para diluir o produto.
•Esvazie o tanque ou máquina de lavar antes de iniciar a lavagem.
•A pré-lavagem antes da lavagem propriamente dita é o método mais efetivo para remover a contaminação da roupa.
•Depois que acabar a lavagem da roupa, limpe bem o tanque ou a máquina de lavar para certificar-se de que eventuais resíduos sejam removidos.
•A lavagem da roupa deve ser feita apenas com água e sabão, não sendo necessário adicionar nenhum outro produto, como água sanitária, etc.
•A lavagem da roupa contaminada com água corrente e sabão será suficiente para diluir e neutralizar os resíduos do produtos que serão removidos da roupa.
•Não esqueça de limpar outros equipamentos como máscaras, boné árabe, viseira, etc. Somente EPI's limpos e descontaminados estarão protegendo efetivamente a saúde do aplicador.

Fonte:Embrapa

 

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