História Dinâmica

Não só de passado vive o homem, mas das ações presentes compartilhadas, com o olhar para frente, estimulando, participações sociais, integradas, teóricas e práticas, que incentivem a obtenção de mais resultados, tornando os indivíduos e as coletividades mais livres, porém com, mais dignidade, abertura de espaços e oportunidades para todos. É preciso que esta história seja, cada mais dinâmica, que especialmente vise, ainda mais, cuidar das prioridades, das boas ações, dos resultados, (os)as que são ligado(as), interligado(as), integrado(as),globalizado(as) e socializado(as), em redes, dentro de movimentos constantes de atuação.

Que todas as boas ações passem, a fazer parte dos estados permantes de evolução, mas com o foco nas melhorias contínuas, principalmente ao buscar, estimular e realizar ações, para resultados concretos, mediante metas de perspectivas crescentes, de desenvolvimento e inovação, para que o Brasil seja, cada vez mais, próspero e o mais justo possível, no futuro.

(Fonseca, M.C.da S.)

Farmacêutica-Bioquímica, Natural de Santos Dumont

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Teatro municipal do Rio é reinaugurado nesta quinta 27/05/2010

27/05/2010 - 10:42


O Theatro Municipal do Rio de Janeiro será reinaugurado oficialmente na noite desta quinta-feira (27) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após dois anos e meio de obras. No evento de reestreia, que será aberto só para convidados, haverá a montagem da ópera Il Trovatore, de Verdi. Com direção de Bia Lessa, a obra em quatro atos será conduzida pela batuta de Silvio Viegas, à frente da Orquestra Sinfônica e do Coro do Theatro Municipal.

O aspecto tradicional do local é tão grande que seu nome oficialmente ainda é escrito como nos tempos de sua fundação, ou seja, Theatro Municipal. Além da participação dos cem integrantes do coro, estarão no palco 80 atores, incluindo os solistas convidados: a soprano italiana Chiara Taigi, que interpretará Leonora, revezando-se com a brasileira Laura de Souza; o tenor coreano Alfred Kim e o brasileiro Juremir Vieira, no papel de Manrico; as mezzo soprano russas Anna Smirnova e Oxana Kornievskaya, que se revezarão como Azucena; os barítonos brasileiros Rodrigo Esteves e Manuel Alvarez, no papel do Conde de Luna; a mezzo soprano brasileira Luciana Costa e Silva como Inez; o baixo brasileiro Luiz Ottavio Faria, como Ferrando, e o tenor ucraniano Georgy Gayvoronsky interpretando Ruiz.

A obras do teatro, que mobilizaram órgãos públicos e corporações, contaram com 950 profissionais, incluindo 350 restauradores. Todo o processo de trabalho aconteceu em ateliês montados no próprio teatro. Segundo a presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati, reabrir a casa é, para ela, uma grande emoção.

- É muito emoção, é lindo. As pinturas estão restauradas, o palco foi modernizado. Tivemos o apoio do Iphan e do Inepac, eles cuidaram de todos os procedimentos exatamente para não haver nenhum erro. Montamos dentro do teatro ateliês de restauro. Nós aprovávamos os procedimentos já realizados e o que seria feito também, exatamente para não fazer e refazer. As tinturas estavam todas deterioradas.
De acordo com Carla, a restauração do local era fundamental. Não havia mais como postergar o reparo de pinturas, telhados, forros e tetos centenários.

- Quando cheguei para trabalhar como presidente da fundação, convidada pelo governador Sérgio Cabral e pela secretária de Cultura, Adriana Rattes, houve uma grande chuva e metade do foyer do balcão nobre, com todos os ornados e sancas de gesso despencaram. Eu tive que chamar a Defesa Civil, levei um susto.

Acessibilidade

Além de grandes reparos, o Theatro Municipal reabrirá com um elevador para deficientes físicos. A acessibilidade foi uma solicitação do governador. Por uma questão de arquitetura quem usa cadeira de rodas poderá ir apenas até a plateia. Outros níveis como a arquibancada não poderão receber o equipamento.

- Desde que eu assumi, o problema da acessibilidade nos preocupava muito. Compramos uma cadeira italiana especial, que sobe as escadas do teatro. E agora, no nosso projeto, tem elevador para cadeirante. Só conseguimos dar acesso até a plateia, nos outros níveis não há como levar uma cadeira de rodas por conta da estrutura mesmo.

Histórico

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi inaugurado em 14 de julho de 1909 pelo presidente Nilo Peçanha. Na época, tinha capacidade para 1.739 pessoas.

Em 1934, a capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. A obra, apesar de sua complexidade, foi realizada em três meses, tempo recorde para a época. Posteriormente, com algumas modificações, chegou-se ao número atual de 2.361 lugares.


Lula participa da reinauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Agência Brasil
Publicação: 27/05/2010 21:47

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da cerimônia de reabertura do Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite de hoje (27). Também são esperados para a cerimônia, o presidente do Senado, José Sarney, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, o governador do estado, Sérgio Cabral, o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, além de ministros de estado.

Depois da reforma de dois anos, o teatro abre as portas com apresentação do Hino Nacional, interpretado pelo coro e pela orquestra sinfônica do teatro, sob regência do maestro Roberto Minczuk. A noite seguirá com trecho da ópera de Carlos Gomes, Lo Schiavo e a apresentação da bailarina Ana Botafogo.

A reforma da casa de espetáculo começou em janeiro de 2008, com a descupinização do prédio histórico, projetado com influências da Ópera de Paris e com a reforma do telhado. Foram restauradas ainda 38 pinturas, dentre as quais, peças do pintor Eliseo Visconti e do decorador Rodolpho Bernardelli.

A reforma custou R$ 75,4 milhões e foi realizada por governos, em parceria com empresas privadas. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) acompanhou o trabalho.

Acesse vídeos diversos sobre reInauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro :
Ministério da Cultura – Theatro Municipal do Rio de Janeiro é Reinaugurado

Reinaguração do Theatro Municipal do RJ

A história reconhecerá aqueles que investiram na recuperação do Theatro Municipal

A história-Fundação Teatro do Rio de Janeiro

O novo teatro municipal do Rio de Janeiro

Theatro Municipal do Rio é reaberto depois de longo período de reforma

Teatro Municipal do Rio de Janeiro é reinaugurado

THEATRO MUNICIPAL RIO DE JANEIRO Reinauguração. Reportagens RJ TV e Jornal do Rio Band

RJ: com reinauguração,Theatro Municipal vira oásis no centro

LULA - É reinaugurado o Teatro Municipal do Rio

Teatro Municipal do Rio é reinaugurado

Theatro Municipal do Rio reabre depois de longa reforma

22/05/2010 - Fachada reformada se destaca no Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Theatro Municipal Video

Darth Vader e a Orquestra Sinfônica Brasileira

Maria Bethânia e Renata Sorrah no Teatro Municipal do RJ

Theatro Municipal do Rio de Janeiro realiza evento oficial de reinauguração

Carlos Gomes

Ópera Lo Schiavo de Carlos Gomes


Municipal comemora reabertura com festa para convidados
28/5/2010 - 9h31
Por Julia de Brito

Quem entrava no novo Theatro Municipal para assistir à sua reinauguração oficial, não se envergonhava de ‘sacar’ a máquina fotográfica para registrar o belo restauro da casa centenária. Em obra por dois anos e meio, sob os cuidados de 950 operários, entre eles, 350 restauradores, o palácio recebeu, na noite desta quinta-feira, para uma grande festa, autoridades e artistas como o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara, Michel Temmer, o cartunista Ziraldo, entre muitos outros admiradores. O evento de reabertura do palácio, inaugurado em 1909, contou com apresentações da Orquestra Sinfônica, do pianista Nelson Freire, da bailarina Ana Botafogo, e de cantores de ópera como Chiara Taigi e Alfred Kim.

- Este é mais um degrau na autoestima do Rio de Janeiro. Nosso povo tem que se respeitar cada vez mais. Viva o Rio, viva o Theatro Municipal – disse Cabral, ao agradecer, em seu discurso, aos que se dedicaram à revitalização do teatro como a presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati, e o ministro da Cultura, Juca de Oliveira.

- Chamei os operários da obra para um café da manhã e disse a eles que não podíamos deixar o teatro daquela maneira. Mais uma vez, depois da reforma do Maracanã para os Jogos Pan-americanos, o presidente Lula apareceu como nosso parceiro. Quero agradecer imensamente – acrescentou.

Luís Inácio Lula da Silva falou sobre o orgulho de ser carioca, brincando que em todos os estados brasileiros a admiração pelo Rio é mais do que comprovada:

- Todo brasileiro é um pouco carioca. Uma casa como esta é um orgulho para os cariocas, os de Pernambuco, de Minas, de Brasília. Vocês restauraram um patrimônio cultural que não tem preço. O preço é o orgulho, a autoestima. O Theatro Municipal voltou a ser uma casa extraordinariamente bonita como qualquer casa de qualquer outro país. Infelizmente, além do Rio de Janeiro ter perdido o privilégio de ser capital, sofreu um processo de degradação e de desrespeito – disse.

Espetáculo da noite

A partitura original do Hino Nacional brasileiro foi tocada pela Orquestra Sinfônica e pelo Coro do Theatro Municipal sob a regência do Maestro Roberto Minczuk. Em seguida, foi apresentado um trecho da Alvorada, ópera Lo Schiavo de Carlos Gomes, também com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, desta vez sob a regência do Maestro Silvio Viegas.

A Lenda do Caboclo, de Heitor Villa-Lobos e Barcarola op. 60 de Frédéric Chopin foram tocadas pelo pianista Nelson Freire. O público presente assistiu em seguida ao balé Something Special (coreografia de Dalal Achcar), com os bailarinos Ana Botafogo e Andrea Volpintesta acompanhados pelo pianista Arthur Moreira Lima. Por fim, os espectadores puderam assistir a seleções da ópera O Trovador, de Giuseppe Verdi, com a Orquestra Sinfônica e o Coro do Theatro Municipal com a participação de alguns solistas, entre eles, a soprano italiana Chiara Taigi e o tenor coreano Alfred Kim.

Programação de sábado

No dia 29 de maio, o Municipal comemora a plena reabertura de suas dependências para o público com a montagem da ópera Il Trovatore, de Verdi. Com direção de Bia Lessa, a obra em quatro atos será conduzida pelo maestro Silvio Viegas, à frente da Orquestra Sinfônica e do Coro do Theatro Municipal.

Na ópera Il Trovatore, além da participação de todos os 100 integrantes do Coro, estarão no palco 80 atores, incluindo os solistas convidados: a soprano italiana Chiara Taigi, que interpretará Leonora, revezando-se com a brasileira Laura de Souza; o tenor coreano Alfred Kim e o brasileiro Juremir Vieira, no papel de Manrico; as mezzo soprano russas Anna Smirnova e Oxana Kornievskaya, que se revezarão como Azucena; os barítonos brasileiros Rodrigo Esteves e Manuel Alvarez, no papel do Conde de Luna; a mezzo soprano brasileira Luciana Costa e Silva como Inez; o baixo brasileiro Luiz Ottavio Faria, como Ferrando, e o tenor ucraniano Georgy Gayvoronsky interpretando Ruiz.

Detalhes da obra

“Que sorte benévola”. A frase do poeta Olavo Bilac dita pela atriz e apresentadora Marieta Severo na reabertura oficial do Theatro Municipal desta quinta-feira resume bem o que os convidados seletos da festa de reinauguração sentiram ao ver o espaço centenário revitalizado. Em obra por dois anos e meio, sob o cuidado minucioso de 950 operários, entre eles 350 restauradores, o palácio recebeu mais de 5 mil lâmpadas novas, 219 mil folhas de ouro, e 1.587 luminárias.

As fotos do evento você poderá acessar na fonte desta matéria.


Comemoração do Centenário

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Na celebração de seu aniversário de 100 anos - dia 14 de julho - o mais importante teatro do Rio de Janeiro brinda o público com um dia de dança e música


Inaugurado em 1909 para ser o maior teatro e palco principal da intensa atividade lírica e teatral que movimentava o panorama cultural da então capital do país, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro chega em 2009 ao seu aniversário de 100 anos.

Fechado desde outubro de 2008 para obras de restauração e modernização, que serão encerradas em novembro deste ano, quando o teatro reabrirá suas portas para o grande público, a data, no entanto, não passará despercebida: será comemorada com um dia de muita dança e música num grande palco armado na Cinelândia, em frente ao Theatro Municipal, e com uma grande exposição, que lembrará os principais momentos da casa, montada no interior do prédio, em espaços não afetados pela obra.

Patrocinada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Estado de Cultura, a celebração do centenário do Theatro Municipal começará pela manhã, quando o público terá acesso a seu interior para ver a exposição que reúne fotos de seus grandes momento, além de documentos, programas e gravações. Às 14 horas começam as apresentações da Orquestra Sinfônica, Coro e o Ballet do Theatro Municipal, que apresentarão um extenso programa para celebrar a data junto com o público carioca.

As principais estrelas do Corpo de Baile do Theatro Municipal estarão presentes, incluindo a bailarina Ana Botafogo. A programação escolhida terá trechos de “Floresta Amazônica”, “O Corsário” e “Coppelia”. Com a presença de dois importantes nomes da música lírica internacional, o tenor argentino Marcelo Álvarez e a soprano coreana Sumi Jo, o Coro e a Orquestra Sinfônica do Theatro interpretarão um repertório franco-brasileiro, em um grande concerto às 20 horas, com regência do maestro Roberto Minczuk. O programa remete às origens do Theatro, nascido no florescer da república brasileira e inaugurado no dia da celebração da queda da Bastilha, e é, ainda, uma homenagem ao ano da França no Brasil, que se comemora este ano.

“Cultura é um instrumento fundamental de emancipação do povo. E o Theatro Municipal é uma jóia da coroa do Rio de Janeiro. Comemorar o seu centenário é comemorar história e emancipação com o prazer que o Theatro gera ao nosso povo", festeja o governador Sérgio Cabral.

“O Theatro Municipal é um pilar da cultura brasileira, e poder comemorar seu centenário com uma reforma histórica, que o devolverá a seu viço original, é também uma forma de homenagear o trabalho de todos os artistas que trabalharam ou trabalharão no teatro e de presentear o público do Rio de Janeiro”, celebra a Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes.

“É uma honra e um presente estar à frente do Theatro num momento tão importante de sua história, conduzindo uma obra que vai devolver ao Municipal toda a nobreza que ele tem e que merece ter intacta. É muito bom poder estar ao lado da equipe bárbara que tenho aqui, essencial para que eu possa executar tarefas tão importantes, não só na parte da programação, mas como todo o trabalho de restauro, que é uma obra muito delicada. É um orgulho estar aqui neste Centenário. Agradeço à secretária Adriana Rattes e ao governador Sergio Cabral por terem entregue a jóia da coroa em minhas mãos”, diz, emocionada, a presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati.

“Será um concerto muito festivo, que reflete as fortes relações culturais entre Brasil e França, Rio de Janeiro e Paris. O público ouvirá peças conhecidas e terá surpresas musicais, além da presença de solistas aclamados nos grandes concertos de todo o mundo, incluindo Marcelo, que se apresenta pela primeira vez no Brasil”, comenta Minczuk.

A celebração do centenário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro inclui, ainda,os lançamentos de uma moeda e um selo comemorativos da data. Diversos funcionários da casa serão homenageados por serviços prestados.A cerimônia terá a presença dos atores Sergio Britto e Fernando Eiras.

Esta é a quarta grande reforma do Theatro Municipal desde a sua fundação há um século. Em 1934 a primeira obra mudou a cara da sala de espetáculo, que foi ampliada. Na década de 70, ele sofreu sua primeira restauração, reabrindo em 79 com a proibição dos bailes de carnaval, que até então aconteciam no local. Na década de 80 aconteceu a terceira reforma.

Agora, o teatro passa não só por uma reforma em sua parte estrutural (hidráulica, elétrica, etc) como também por uma grande modernização. Aos 100 anos, o Theatro Municipal reabre para o público no final do ano mantendo todo o seu charme centenário, mas com um atendimento ao público e aos artistas digno de um teatro do século XXI.

A Exposição - De Portas Abertas

O tradicional dia do “Municipal de Portas Abertas” acontecerá, mesmo com o prédio em obras. Logo pela manhã do dia 14 de julho, o público poderá entrar no prédio para apreciar uma exposição montada em meio aos trabalhos de restauração.

A história do Theatro Municipal será contada desde o projeto de sua criação, no início da década de 1900, até os dias atuais, por meio de um grande acervo de fotos digitalizadas. A exposição reúne cerca de 1000 fotos, além de vídeos, e é dividida em seis diferentes partes: os artistas célebres que passaram pelo palco da casa; os grandes espetáculos e eventos que fizeram parte da programação do Municipal; documentos interessantes que contam a história da casa, como plantas, croquis e programas; imagens da construção do prédio; detalhes de peças decorativas, como as estátuas, vitrais e afrescos que se espalham pelo Municipal; e as personalidades que passaram por lá.

São imagens de artistas da música, da dança e das artes cênicas, nomes como Enrico Caruso, Arthur Rubinstein, Toscanini, Nijinsky e Fernanda Montenegro, brilhando no palco do teatro, ou personalidades como os presidentes Getúlio Vargas e JK, os compositores Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o escritor Manuel Bandeira e o arquiteto Oscar Niemeyer, ocupando a platéia, os camarotes e as coxias do Municipal.

Ao mesmo tempo serão ouvidas grandes vozes líricas, como, por exemplo, as de Maria Callas, Renata Tebaldi e Mario del Mônaco, interpretando árias famosas gravadas ao vivo pela rádio MEC, durante apresentações no próprio Theatro Municipal, nos anos 40 e 50. Todo o material está sendo digitalizado para a exposição, que inclui também documentos e programas de espetáculos, provenientes de acervos particulares, do Centro de Documentação do próprio Theatro Municipal e de instituições como O Museu da Imagem e do Som, a Fundação Getulio Vargas, o Instituto Moreira Salles e a Biblioteca Nacional.

Além disso, o público terá contato com estudos em bronze das esculturas em alvenaria de Rodolfo Bernardelli, que ficam nas partes altas exteriores do Theatro, representando as artes. Um detalhe importante é que a exposição só poderá ser vista no dia 14 de julho.

Um show de dança com o Ballet do Theatro Municipal

Os bailarinos do Corpo de Baile do Municipal serão os primeiros a ocupar o grande palco que já está sendo montado na Cinelândia, em frente ao Theatro.

A partir das 14 horas eles apresentarão trechos de vários balés consagrados. Os principais bailarinos da companhia, como Claudia Mota, Karina Dias, Márcia Jacqueline, Nora Esteves, Filipe Moreira e Cícero Gomes, estarão em cena.

A programação será aberta com uma apresentação de 35 alunas da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, que apresentarão “La Valse”, do coreógrafo francês Eric Frederic, sobre música de Ravel. Logo depois, Karina Dias e Rodrigo Negri dançam o pas-de-deux de Coppelia, Nora Esteves e Paulo Ricardo dançam Cantabile, Márcia Jaqueline e Cícero Gomes apresentam o pas-de-deux de O Corsário e Claudia Mota e Filipe Moreira encabeçam o grande elenco da companhia em Valsa das Flores, com coreografia de Dalal Achcar.

Dentro do concerto especial que acontece às 20 horas, o público assistirá mais dois números de dança. Neste programa da noite, Ana Botafogo e Francisco Timbó dançam um trecho de Floresta Amazônica, com coreografia de Dalal Achcar; e para encerrar será vista a peça Grand Finale, também coreografada por Dalal Achcar, reunindo no palco Ana Botafogo, Cláudia Mota, Márcia Jaqueline, Francisco Timbó, Filipe Moreira, Cícero Gomes e o Corpo de Baile.

Durante as apresentações, os bailarinos serão acompanhados pela orquestra e pelo coro do Theatro Municipal e pela cantora Sumi Jo, interpretando “Canção de Amor” de Villa-Lobos, na apresentação de Floresta Amazônica.

Um grande Concerto

Às 20 horas, terá início o grande concerto da noite, com a Orquestra do Theatro Municipal regida por Roberto Minczuk, e a participação do Coro do Theatro e dos cantores líricos Marcelo Álvarez e Sumi Jo.

O programa da noite inclui o Hino Nacional Brasileiro; “Maracatu de Chico Rei” – Francisco Mignone; “Je veux vivre”, Romeo et Juliet – Charles Gounod; “Pourquoi me Réveiller”, Werther – Jules Massenet; “Vive La France!, La Fille do Régiment” – Gaetano Donizetti; “Quando Nascesti Tu”, Lo Schiavo – Carlos Gomes; "Aspra, Crudel" Il Guarani – Carlos Gomes; "Abertura", Carmen – Georges Bizet; “Les Voici!”, Carmen – Georges Bizet; “Floresta Amazônica - Tarde Azul” (Pas de Deux); “Fête Polonaise - Grand Finale”; "Bolero" – Maurice Ravel; e "La Marseillaise" – orquestração de Hector Berlioz.

O tenor argentino Marcelo Álvarez é reconhecido como um dos principais nomes da música lírica na atualidade. Nascido na cidade de Córdoba, ele deixou seu país natal em 1994 e se mudou para a Itália, onde debutou profissionalmente em 1995 no Teatro La Fenice, em Veneza. Desde então é figura requisitada em todos os principais palcos do mundo, interpretando diversos papéis de destaque. Lançou quatro CDs pela Sony, um deles dedicado ao tango de Carlos Gardel, e é hoje um dos principais artistas do conceituado selo Deca, que lançou seu último disco em fevereiro deste ano.

Este ano, Álvarez abriu a temporada 2009 / 2010 do Metropolitan Opera, em Nova Iorque, em uma nova produção de “Tosca”, dirigida por Luc Bondy e regida por James Levine.

Nascida em Seul, na Korea, a soprano Sumi Jo é reconhecida hoje como uma das mais destacadas cantoras da atualidade, especialmente pela agilidade, precisão e calor da sua voz e por sua excepcional musicalidade. Desde sua estreia profissional, acompanhada da Korean Broadcasting Company Orchestra, Sumi Jo ganhou o mundo, já tendo se apresentado em todo o planeta – do Metropolitan Opera, em Nova Iorque, ao Opera House, em Sidney; do Colon, em Buenos Aires, ao Scalla de Milão. Fez uma turnê pela Ásia, ao lado de Andréa Bocelli, apresentou-se em Barcelona com José Carreras, participou da abertura das Olimpíadas de Pequim, e já gravou mais de 50 discos. Em 2003 recebeu da Unesco o título de “Artista da Paz”.

Theatro Municipal: Uma breve história

No final do século XIX os dois maiores teatros do Rio de Janeiro, o São Pedro e o Lírico, eram criticados por suas instalações, pelo público que o frequentava, e pelas companhias que neles atuavam. Em 1894, o autor teatral Arthur Azevedo lançou uma campanha para que um teatro fosse construído para sediar uma companhia municipal, a ser criada nos moldes da Comédie Française. Mas a campanha resultou apenas em uma Lei Municipal, que determinou a construção do Theatro Municipal.

A lei, no entanto, não foi cumprida, apesar da criação de uma taxa para financiar a obra. A arrecadação desse novo imposto nunca foi utilizada para a construção do Theatro Municipal.

Somente em 1903 o prefeito Pereira Passos, nomeado pelo presidente Rodrigues Alves, retomou a ideia e, a 15 de outubro de 1903, lançou um edital com um concurso para a apresentação de projetos para a construção do Theatro Municipal.

Encerrado o prazo do concurso, em março de 1904, foram recebidos sete projetos. Os dois primeiros colocados ficaram empatados: “Áquila”, pseudônimo do projeto do engenheiro Francisco de Oliveira Passos, e “Isadora”, pseudônimo do projeto do arquiteto francês Albert Guilbert, vice-presidente da Associação dos Arquitetos Franceses.

O resultado deste concurso foi motivo para uma longa polêmica na Câmara Municipal, acompanhada pelos principais jornais da época, em torno da verdadeira autoria do projeto de“Áquila” - que se dizia feito pela seção de arquitetura da Prefeitura – e do suposto favoritismo de Oliveira Passos, pelo fato de ser filho do prefeito, entre outros argumentos.

Como decisão final, optou-se pela fusão dos dois projetos. E, depois de feitas algumas alterações, a 2 de janeiro de 1905 o prédio começou a ser erguido, com a colocação da primeira das 1.180 estacas de madeira de lei sobre as quais se assenta o edifício. Para decorar o edifício foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para fazer vitrais e mosaicos.

Finalmente, quatro anos e meio mais tarde, um tempo recorde para uma obra dessa envergadura – que requereu o revezamento de 280 operários em dois turnos de trabalho – no dia 14 de julho de 1909 foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com capacidade para 1.739 espectadores. Serzedelo Correa era o prefeito da cidade.

Em 1934, ao se constatar que o teatro estava pequeno para o tamanho da população da cidade, que havia crescido muito, a capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. A obra, apesar de sua complexidade, foi realizada em três meses, outro recorde para a época. Posteriormente, com algumas modificações, chegou-se ao número atual de 2.361 lugares.

A 19 de outubro de 1975, o Theatro Municipal foi fechado para obras de restauração e modernização de suas instalações e reaberto em 15 de março de 1978. No mesmo ano foi criada a Central Técnica de Produção, responsável por toda a execução dos espetáculos da casa.

Em 1996, iniciou-se a construção do Edifício Anexo, para desafogar o teatro dos ensaios para os espetáculos, que, com a atividade intensa da programação durante todo o ano, ficou pequeno para eles e, também, para abrigar condignamente os corpos artísticos. Com a inauguração do prédio, o Coro, a Orquestra e o Ballet ganharam novas salas de ensaio e bastante espaço para suas práticas artísticas.

Em 2008, com o patrocínio dos Grandes Patronos (Petrobras, BNDES, Eletrobrás e Rede Globo de Televisão); Patronos Ouro (Embratel e Vale); e dos Co-Patrocinadores (Bradesco Seguro e Previdência e MetrôRio) tornou-se possível iniciar a obra de restauração e modernização para o centenário do Theatro, contemplando o monumento com a restauração do telhado, da arquitetura externa e interna e da modernização das instalações prediais.

Clique no link abaixo e assista ao vídeo de divulgação 100 anos do Theatro Municipal:


Divulgação dos 100 anos do Theatro Municipal
Fonte: Secretaria da Cultura do Governo do RJ
Autor: Sandra Menezes
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte

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