Ao ler e reler este texto abaixo, até hoje faço que não entendo, entendo, não entendo o porquê de muitos municípios do Brasil, não colocarem à frente das secretarias de Assistência Social, profissionais que foram diutrinados(as) para promover o social, dentre todos os profissionais, as(os) Assistentes Sociais (os), principalmente as(os) que são mais dinâmicas(os), sensíveis e que tem em sí a natureza de ajudar a transformar, através do pensar dialético, que é além dos do padronizado apenas positivista e/ou mecanicista, estas (es) muitas das vezes não estão à frente de secretarias de Assistência Social, fazendo as verdadeiras mudanças, já com mais de meio centenário de regulamentação de uma profissão tão importante, especialmente na atualidade, como diz a autora :
“Concebida e edificada historicamente, no palco de contradições sociais, o serviço social hoje é demarcado por essa intencionalidade profissional clara, amadurecida pelas lutas e conquistas no campo dos direitos, tantas vezes reconhecidos, mas nem sempre constituídos.”
“no empenho pela composição de direitos, no combate cotidiano a toda forma de injustiça”
Sabemos que o Ministro Patrus Ananias, trabalha de forma inigualável, para esta evolução, cada vez maior da verdadeira Assistência Social Libertadora, no Brasil e nos demais países subdesenvolvidos, só que muitos prefeitos(as) de forma geral e bem tradicional, preferem a primeira dama ou um puxa saco, para levar a frente o trabalho social, encabeçando a secretaria de Assistência Social. Muitos (as) prefeitos(as) nem sempre estão levando em consideração, os já quase 53 anos de regulamentação da Assistência Social no Brasil e da grande capacidade de gestão pública e social, sobretudo de projetos, destes(as) profissionais.
O Brasil já mudou, mas precisa mudar muito mais, principalmente na mentalidade sócio-política-econômica-cultural, sair do pensamento da mesquinharia, olhar para os exemplos do LULA e dar espaço para o pensamento amplo, próprio de um sofredor que aprendeu com a vida, com a prática, como dizia a mãe de LULA, no filme “ teima, teima, dando-lhe o estímulo, para persistir, para sonhar em um dia alcançar, voltar e ajudar o nordeste, que é o que ele está fazendo, acima das críticas.”
O pensamento do LULA é incrível, é diferente, é nato, é globalizado, expansivo, desenvolvimentista, progressita, evolutivo, corajoso, determinado, realizador, persistente, futurista, tendo em sí uma força estranha, mas do bem, que acredita no Brasil do futuro, acima de todos os que puxam para baixo, que são negativos, que são desanimados, que são desastrosos, que provocam os desastres sociais e ambientais, pois o pensamento também tem força, como tem forças as palavras e os sentimentos verdadeiros. Como na física o que puxa para baixo, pode ter uma força, mais o que puxa para cima pode ter uma força igual ou maior, tudo depende da relativamente.
Em todos os momentos o LULA teve e tem um pensamento de líder, sobretudo empolgado, mas que estimula a sua equipe, a população a seguir sozinha ou em grupos, liderando por um Brasil mais respeitado e respeitoso, sobretudo com o social, o pensamento dele é livre, visa ampliar a evolução de todos, o mesmo pensamento que desenrola o novelo de linhas emboladas, que desamarra os nós do passado, que fora e era tão preso e ao mesmo tempo, aberto, somente às minorias.
Marilda Cristina 15/01/2010
Assistente Social: 50 anos de regulamentação profissional no Brasil
*Márcia Lopes
O simbolismo desse dia 15 de maio, Dia do Assistente Social, evoca meio século de regulamentação da profissão e evidencia o que é mais intrínseco à natureza dessa profissão, e que vem se confirmando no intercurso desses anos: a luta contra o desemprego, contra as desigualdades e contra a violência. Um compromisso tríplice tomado como distintivo da ação desse profissional.
Críticos e comprometidos com a justiça social, com a realização de direitos e com a ampliação da cidadania, o desempenho do assistente social justifica-se integralmente em uma sociedade onde a questão social reflete-se na vida de milhões de famílias e indivíduos. Após 70 anos de existência e 50 anos de regulamentação no Brasil, o Serviço Social identifica-se como a profissão cujos profissionais combatem, por ofício e por decisão ético-política, todas as formas de violação de direitos, discriminação e subalternidade. Os assistentes sociais executam suas atribuições com um ensejo claro: uma sociedade justa, formada por homens e mulheres completos, construída como manifestação não só de resistência às formas de violência, de ataque à dignidade humana, mas de consolidação de direitos sociais.
Igualdade, trabalho e empenho contra todas as formas de violência e exclusão são disposições que atestam a importância desse profissional na reivindicação e na defesa pública das políticas sociais como resultado de seu pacto com os sujeitos protagonistas. Concebida e edificada historicamente, no palco de contradições sociais, o serviço social hoje é demarcado por essa intencionalidade profissional clara, amadurecida pelas lutas e conquistas no campo dos direitos, tantas vezes reconhecidos, mas nem sempre constituídos.
Por isso tudo, o resgate da história de 50 anos de profissão regulamentada, deve ser retomada a partir da sua importância no presente, na vida de seus usuários, no empenho pela composição de direitos, no combate cotidiano a toda forma de injustiça. Somente com esse parâmetro, é possível estabelecer o futuro que ensejamos para a profissão e para nós, profissionais.
No entanto, há um contexto também tríplice de desafios para a profissão: fortalecimento de nossas entidades organizativas, incremento na qualidade da formação profissional, e empenho pela conquista de respeito profissional e adequadas condições de trabalho. De saída, é preciso confirmar que a sociabilidade que defendemos exige uma intervenção qualificada, desprovida de preconceitos, municiada com saberes específicos, baseada na inteligência contida nos princípios éticos fundamentais, a favor da eqüidade e da justiça social, da universalidade de acesso aos bens e serviços. O compromisso com os interesses da população usuária não se realiza sem competência técnica, ética e política.
Esse compromisso deve sempre converter-se em uma intervenção direcionada na defesa dos direitos sociais em uma conjuntura que, nos dias atuais, merece destaque pela transformação em curso, capitaneada por um projeto de Estado que tem referência máxima na cidadania e por um projeto de governo que tem compromisso político-programático, fomentar a consolidação dos direitos sociais.
Para além do discurso, o que nos anima a comemorar com esperança o dia do assistente social, é justamente conviver com o processo contemporâneo de reorganização, racionalização e ampliação de políticas sociais públicas que conformam hoje uma rede de proteção social no país nunca antes consolidada. O traço fundamental dessa história, escrita dia após dia no presente, é a mescla dos valores da ética, da democracia, da justiça social e da solidariedade humana com uma ação política republicana nascida de um pacto federativo comprometido com a universalização da cobertura de proteção social à população usuária de direitos.
Nesse sentido, ser assistente social é rebelar-se contra a história de predomínio da indiferença e, ao olhar para o passado, construir no presente, em uma trajetória de responsabilidade civilizatória, o futuro que todos ambicionamos.
*Márcia Lopes é Assistente Social
Secretária Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
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